Diagnóstico não invasivo de varizes esofágicas através da relação contagem plaquetária/diâmetro do baço
Palavras-chave:
VARIZES ESOFÁGICAS E GÁSTRICAS/diagnóstico, CIRROSE HEPÁTICA/sangue, CONTAGEM DE PLAQUETAS, BAÇO/fisiopatologia, SPLENOMEGALIA, ESTUDOS TRANSVERSAIS, ESTUDOS RETROSPECTIVOS.Resumo
Objetivos: aplicar um método não invasivo e de baixo custo, a relação contagem plaquetária/diâmetro do baço (relação P/B), no diagnóstico de varizes esofágicas em pacientes portadores de hepatopatia crônica. Verificar a validade e acurácia do método, comparando os resultados obtidos com trabalhos da literatura. Métodos: estudo transversal retrospectivo, realizado no Ambulatório de Gastroenterologia do Hospital São Lucas da PUCRS. Foram selecionados 40 pacientes com diagnóstico de cirrose que consultaram entre dezembro de 2007 e abril de 2008. Foram excluídos pacientes que já haviam sido submetidos a procedimento endoscópico, cirurgia para hipertensão porta ou uso de betabloqueadores. Os dados foram coletados por revisão de prontuários. Resultados: a maioria dos indivíduos estudados possuía uma contagem plaquetária abaixo do normal e baço de diâmetro elevado e, portanto, uma relação P/B baixa. A maioria deles (80%) possuía varizes esofágicas, sendo 17,5% de grau I, 45% de grau II e 17,5% de grau III. Na análise final não houve diferença na relação P/B entre os grupos com e sem varizes esofágicas (p=0,117) nem em relação aos diferentes graus de varizes esofágicas (p=0,417), embora houvesse uma tendência a que indivíduos com varizes esofágicas possuam relação P/B menor, sendo quanto menor a relação, maior o grau em que as varizes se apresentam. Com o ponto de corte encontrado de 582 (ponto de maior distância entre a curva obtida e a linha base), obteve-se uma acurácia de 62,5%, com sensibilidade de 59,4% e especificidade de 75%. A área sob a curva ROC não se mostrou diferente de 0,5 (p=0,112). A acurácia foi menor do que a descrita na literatura. Conclusões: do ponto de vista prático, a relação P/B é fácil de ser calculada e financeiramente não acarreta custos adicionais no manejo dos pacientes cirróticos. Portanto, pode ser considerada de ajuda no diagnóstico não invasivo de varizes esofágicas. Entretanto, ainda não se pode descartar o auxílio da endoscopia digestiva alta, método até o momento de maior acurácia e com menor possibilidade de vieses no correto diagnóstico de varizes esofágicas em pacientes com cirrose.Downloads
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Publicado
2009-07-16
Como Citar
Polett, L. N., & Kupski, C. (2009). Diagnóstico não invasivo de varizes esofágicas através da relação contagem plaquetária/diâmetro do baço. Scientia Medica, 19(3), 98–102. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/view/4475
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Artigos Originais
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