Semiótica da comunicação: da semiose da natureza à cultura

Autores

  • Irene Machado Universidade de São Paulo
  • Vinícius Romanini Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2010.2.7546

Palavras-chave:

Semiose, diagrama ontológico, modelização

Resumo

A crise paradigmática por que passa a comunicação exige uma revisão ontológica que inclua a discussão sobre as condições de possibilidade do fenômeno comunicacional. Neste artigo argumentamos que a semiótica oferece um arcabouço conceitual que permite estudar a comunicação a partir de ações qualitativas. A semiose ou ação do signo é definida como um processo fundamental que, a partir da percepção, estrutura diagramas ontológicos dinâmicos que modelizam o mundo das espécies, criando cognição e cultura. O propósito da semiótica da comunicação é entender como sistemas modelizantes evoluem ontogênica e filogenicamente, produzindo, no caso da cultura humana, meios de comunicação cada vez mais variados e tecnologicamente avançados.

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Biografia do Autor

Irene Machado, Universidade de São Paulo

P

Vinícius Romanini, Universidade de São Paulo

Professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

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Como Citar

Machado, I., & Romanini, V. (2010). Semiótica da comunicação: da semiose da natureza à cultura. Revista FAMECOS, 17(2), 89–97. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2010.2.7546

Edição

Seção

Cultura e Comunicação