O mito de puer aeternus em The Midnight Gospel

saúde psicológica e meditação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2024.1.43955

Palavras-chave:

Mito, Série, The midnight gospel, saúde psiquica, narrativa digital, imaginário

Resumo

O objetivo deste artigo é mostrar, por meio do estudo da série The Midnight Gospel (2020), que a narrativa digital explora, potencializa e ressignifica a questão mitológica em nossos dias. Recorre-se às teorias do imaginário e ao estudo da narrativa para analisar, na série The Midnight Gospel, o mito de puer aeternus enquanto revelador da dificuldade de se tornar adulto em um mundo onde a realidade social é permeada por alternativas de simulações ou fuga da realidade. A conclusão é de que a narrativa assume um papel pedagógico, dialógico e interacional, presente na oralidade e nas práticas conversacionais e que a meditação é uma prática necessária para a saúde psíquica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Florence Dravet, Universidade Católica de Brasília (UCB), Brasília, DF, Brasil.

Doutora em Didactologia das Línguas e Culturas pela Universidade de Paris 3 Sorbonne Nouvelle; com pós-doutorado pela Universidade de Algarve (UAlg), em Portugal. Bacharel em Letras pela Universidade Paul Valéry, em Montpellier, França. Professora do Programa Inovação em Comunicação e Economia Criativa da Universidade Católica de Brasília (UCB), em Brasília, DF, Brasil.

Mirian Tavares, Universidade do Algarve (UAlg), Faro, Portugal.

Doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador, BA, Brasil. Coordenadora do Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC). Professora associada na Universidade do Algarve (UAlg), em Portugal.

Referências

AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION. Why We’re Susceptible to Fake News, How to Defend Against It. San Francisco: APA, 2018. Disponível em: https://www.apa.org/news/press/ releases/2018/08/fake-news. Acesso em: 10 out. 2021.

BACHELARD, G. A água e os sonhos. São Paulo: Martins Fontes, 2018.

BAL, M. Narratology: introduction to the theory of narrative. 2. ed. Canada: University of Toronto Press Incorporated, 1997.

BAL, M. My Narratology. An Interview with Mieke Bal. DIEGESIS. Interdisciplinary EJournal for Narrative Research/Interdisziplinäres E-Journal für Erzählforschung, [S. l.], n. 5, v. 2, p. 101-104, 2016. Disponível em: https://www.diegesis.uni-wuppertal.de. Acesso em: 12 dez. 2021.

BARTHES, R. Mitologias. São Paulo: Bertrand Brasil, 2002.

BARTHES, R. Introdução à Análise Estrutural da Narrativa. In: BARTHES, R.; GREIMAS, A. J.; BREMOND, C.; ECO, U. GRITTI, J.; MORIN, V.; METZ, C.; TODOROV, T.; GENETTE, G. Análise Estrutural da Narrativa. Vozes, Petrópolis, RJ, 2011. p. 19-62.

CAMPBELL, J. O herói de mil faces. São Paulo: Pensamento, 1997.

DEVEREUX, G. Baubo: la vulve mythique. Paris: Payot, 2011.

DRAVET, F. Tecnologia e saberes espirituais em “The Midnight Gospel” – hiperabstração digital e imaginação. Texto digital, [S. l.], v. 16, n. 2, p. 75-92, ago./dez. 2020. Disponível em: https://doi.org/10.5007/1807-9288.2020v16n2p75. Acesso em: 10 out. 2021.

DUNCAN Trussel Family Hour. [Direção e locução de]: Duncan Trussel. [S. l.]. 2012. Podcast. Disponível em: http://www.duncantrussel.com. Acesso em: 30 abr. 2021.

DURAND, G. As estruturas antropológicas do imaginário. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

ECO, U. Apocalípticos e integrados. Barcelona: Lumen, 1984.

ELIADE, M. O Sagrado e o Profano: A Natureza da Religião. São Paulo: Perspectiva, 1959.

GENETTE, G. Narrative Discourse: an essay in method. Tradução para o inglês de Jane E. Lewin. Nova York: Cornell University Press, 1980.

HAN, B. C. No enxame: perspectivas do digital. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018.

JENKINS, H. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008.

JUNG, C. G. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

JUNG, K. G.; KERENYI, K. A criança divina. Uma introdução à essência da mitologia. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

LÉVI-STRAUSS, C. Anthropologie structurale. Paris: Plon, 1958.

LIRA, A. G., GANEN, A. de P., LODI, A. S., ALVARENGA, M. dos S. Uso de redes sociais, influência da mídia e insatisfação com a imagem corporal de adolescentes brasileiras. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, [S. l.], v. 66, n. 3. p. 164-167, jul.-set. 2017. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/0047-2085000000166. Acesso em: 10 out. 2021.

MARTIN, M. A Linguagem Cinematográfica. São Paulo: Brasiliense, 1990.

MIDNIGHT Gospel. Direção: Pengleton Ward e Duncan Trussel. Produção e distribuição: Netflix. Estados Unidos: Netflix, 2020.

MORIN, E. Les stars. Paris: Seuil, 1972.

MORIN, E. O método 4: as ideias – habitat, vida, costume, organização. Porto Alegre: Sulina, 2008.

MURRAY, J. Hamlet no holodeck: o futuro da narrativa no ciberespaço. São Paulo: Unesp, 2003.

PANTIC I. Online social networking and mental health. Cyberpsychology, Behavior and Social Networking, [S. l.], v.17, n. 10, p. 652-157, out. 2014. Disponível em: https://www.liebertpub.com/doi/10.1089/cyber.2014.0070. Acesso em: 10 out. 2021.

PRIMACK, B. A.; SHENSA, A.; SIDANI, J. E.; WHAITE, E. O.; LIN, L. YI; ROSEN, D., et al. Social Media Use and Perceived Social Isolation Among Young Adults in the U.S. American Journal of Preventive Medicine, [S. l.], v. 53, n. 1, p. 1-8, jul. 2017. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0749379717300168. Acesso em: 10 set. 2021.

PRINCE, G. A Dictionary of Narratology. Lincoln: University of Nebraska Press, 1987.

PRINCE, G. Classical and/or Postclassical Narratology. L'Esprit Créateur, v. 48, n.2 p. 115–123, Verão 2008. Disponível em: https://muse.jhu.edu/article/240897/pdf. Acesso em: 12 set. 2021.

PRINCE, G.; QIAO, G. Narratology as a Discipline. An Interview with Gerald Prince. DIEGESIS. Interdisziplinäres E-Journal für Erzählforschung/Interdisciplinary EJournal for Narrative Research, v.1, n.1, p. 32-42, 2012. Disponível em: http://elpub.bib.uni-wuppertal.de/servlets/DerivateServlet/Derivate-3219/dej12010103.pdf. Acesso em: 12 set. 2021.

PROPP, V. I. Morfologia do conto maravilhoso. [S. I.]: Copymarket.com, 1984.

SANTIAGO, S. Ora (direis) puxar conversa! Revista Letras, [S. l.], n. 7, p. 1-13, dez. 1993. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/11790. Acesso em: 24 nov. 2021.

SIGILIANO, D.; BORGES, G. A cognição nos estudos das narrativas ficcionais seriadas contemporâneas. In: LEMOS, L. P.; ROCHA, L. L. Ficção seriada: estudos e pesquisas. Alumínio, SP: Jogo de Palavras; Votorantim, SP: Provocare Editora, 2021. p. 31-50.

SUSCA, V. A vida em série: telas, corpo e cotidiano. Famecos, Porto Alegre, v. 28, p. 1-9, jan./dez. 2021. Disponível em: https://dx.doi.org/10.15448/1980-3729.2020.1.37445. Acesso em:12 dez. 2021.

TODOROV, T. Grammaire du Décaméron. Países Baixos: Mouton & Co. N. V, 1969.

TODOROV, T. Introduction à la littérature fantastique. Paris: Seuil, 1980.

VON FRANZ, M. L. The Problem of the Puer Aeternus. New York: Inner City Books, 2000.

WOLF, M. O Cérebro no Mundo Digital – Os desafios da leitura na nossa era. São Paulo: Contexto, 2019.

Downloads

Publicado

2024-03-11

Como Citar

Dravet, F., & Tavares, M. (2024). O mito de puer aeternus em The Midnight Gospel: saúde psicológica e meditação. Revista FAMECOS, 31(1), e43955. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2024.1.43955