Um século de ficção: literatura versus comunicação

Autores

  • Juremir Machado da Silva Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.1999.10.3040

Palavras-chave:

Comunicação, teoria literária, ficção

Resumo

Crime perfeito: a teoria literária matou o autor; o leitor não ficou sabendo. Num texto célebre, “Écrivains, intellectuels, professeurs”, Roland Barthes resumiu: “A linguagem não se reduz à comunicação”. Nessa frase, herdeira espúria do formalismo russo, encontra-se toda a filosofia do obscurantismo literário que dominaria os anos dourados da Crítica. Contra um terrível veneno — a denotação —, inventava-se um antídoto ainda mais letal: o ilegível como critério de qualidade  estética superior. Em outro momento, Barthes, que depois retornaria ao culto da elegância e da clareza, afirmou: “o vivido é banal e é precisamente ele que o escritor deve combater”.

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Biografia do Autor

Juremir Machado da Silva, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Professor da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Referências

BARTHES, Roland, Le degré zéro de l’écriture, Paris: Seuil, 1972.

______, Le bruissement de la langage — essais critiques IV. Paris: Seuil, 1984.

COMPAGNON, Antoine, Le démon de la théorie — littérature et sens commun. Paris: Seuil, 1998.

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Publicado

2008-04-10

Como Citar

da Silva, J. M. (2008). Um século de ficção: literatura versus comunicação. Revista FAMECOS, 6(10), 167–170. https://doi.org/10.15448/1980-3729.1999.10.3040

Edição

Seção

Crítica