A organização da indústria fonográfica brasileira nas redes digitais: concentração sem centralização das empresas eletrônicas fonográficas
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2014.1.14301Palavras-chave:
Economia da cultura, Mercado de conteúdos digitais, Indústria fonográficaResumo
O objetivo deste artigo é analisar a organização da indústria fonográfica brasileira no mercado digital. Adotando uma abordagem político-cultural dos mercados, busca-se demonstrar que as relações de poder que formam o mercado de discos físicos se reproduzem nas redes digitais. A hipótese é que o poder de dispor dos catálogos controlados por gravadoras e artistas torna-se um vetor crítico para o desenvolvimento das empresas eletrônicas e que, a partir de seu controle, estabelece-se uma divisão do trabalho entre si. A partir da observação de páginas na internet relacionadas à música, a análise dos dados obtidos leva a concluir que a partilha desigual dos catálogos entre empresas eletrônicas acarreta uma concentração na distribuição dos fonogramas digitais sem que haja uma centralização da produção, criando uma concentração sem centralização do mercado fonográfico digital.
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