Jogos cubanos: a ilha, hoje, em reportagens na primeira pessoa
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2012.1.11342Palavras-chave:
, Cuba, reportagem, testemunhoResumo
Reportagens em primeira pessoa sobre o declínio da Revolução Cubana perfizeram, nos últimos anos, o movimento de troca da narrativa do grande périplo pelo pequeno relato ancorado em verdades pessoais. Este artigo examina duas dessas narrativas: a do norte-americano Patrick Symmes (2011), Cubano por trinta dias, e a do brasileiro Airton Ortiz (2010), Havana. Esses relatos têm sua força persuasiva na experiência intensamente subjetiva, em que o repórter submete o próprio corpo para testemunhar com autoridade a vivência dos cubanos. A partir da análise desses textos e com base em algumas considerações teóricas de Carlo Ginzburg (1989), no artigo “Ekphrasis e citação”, acerca da potencialidade literária na historiografia, problematizam-se o efeito de verdade no testemunho jornalístico, sua relação com a autopsia e a vivacidade, como efeito estilístico. Busca-se, ainda, refletir acerca dessa modalidade de jornalismo, considerando-se as especificidades de seu testemunho – quando comparado àquele das catástrofes – e seus tensionamentos éticos.Downloads
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