A efervescência do modo de pensar de Gilles Deleuze: conexões e proposições no cenário educacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/2179-8435.2020.1.32727

Palavras-chave:

Deleuze, educação, filosofia, pensamento, recognição.

Resumo

No campo da educação, comumente iluminado pelo prisma da recognição e da representação, acionar o modo de pensamento de Gilles Deleuze e convocá-lo como companhia de pesquisa é soltar um comprimido efervescente em um copo d'água. O líquido muda, as moléculas se agitam; há movimento, barulho, ruído, excitação, entusiasmo, tumulto, transformação. Isso porque no contexto de ensino regido pela matriz platônica, as ideias do filósofo são uma perturbação. Uma euforia. Suas proposições desafiam o pensamento, tirando a segurança de processos, sem salvaguardar nada, e rompendo limites estabelecidos e consagrados. Nesse cenário, o objetivo deste artigo é apresentar alguns pontos de ebulição do modo de pensar de Gilles Deleuze, por meio de proposições do próprio filósofo. A partir delas, armam-se conexões com outros autores e com a literatura. Trata-se de Antonio Candido e Marcel Proust. Dessa forma, intenciona-se ensaiar possibilidades com a educação e, ao mesmo tempo, jogar luz na radicalidade que há na filosofia deleuziana.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lilian dos Santos Silva, Universidade de São Paulo (FEUSP), São Paulo, SP.

Doutoranda em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP, São Paulo, SP).

Referências

CANDIDO, Antonio. Antonio Candido inaugura biblioteca do MST e fala da força da instrução. Portal Carta Maior, Matéria de Verena Glass, de 08/08/2006. Disponível em: https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Movimentos-Sociais/Antonio-Candido-inaugura-biblioteca-do-MST-e-fala-da-forca-da-instrucao/2/11075. Acesso em: 10 jul. 2018.

DELEUZE, Gilles. Proust e os signos. 2. ed. trad. Antonio Piquet e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987 [1964].

DELEUZE, Gilles. A dobra: Leibniz e o Barroco. Tradução de Luiz Orlandi. Campinas, São Paulo: Papirus, 1991.

DELEUZE, Gilles. O abecedário de Gilles Deleuze. Entrevista com Gilles Deleuze. Editoração: Brasil, Ministério da Educação, TV Escola, 2001. Paris: Éditions Montparnasse, 1997, VHS, 459 min. Textodisponível em http://stoa.usp.br/prodsubjeduc/files/262/1015/Abecedario+G.+Deleuze.pdf. Acessoem: 13 abr. 2018.

DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. Tradução de Luiz Roberto Salinas Fortes. São Paulo: Perspectiva, 2000.

DELEUZE, Gilles. Carta a Uno: como trabalhamos a dois. In: DELEUZE, Gilles. Dois Regimes de loucos.São Paulo: Editora 34, 2016. p. 249-251.

GALLO, Silvio. O aprender em múltiplas dimensões. Revista do Programa de Pós-graduação em educação matemática da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), v. 10, n. 22, 2017. Disponível

em: http://www.seer.ufms.br/index.php/pedmat/article/view/3491 Acesso em: 30 maio 2018.

MELO, Danilo Augusto Santos. Resistência e criação nas práticas de ensino e aprendizagem, por uma educação aberta. Childhood & Philosophy, Rio de Janeiro, v. 6, n. 12, p. 229-254, jul./dic. 2010. Disponível em:https://www.redalyc.org/pdf/5120/512051605003.pdf. Acesso em: 30 maio 2018.

PROUST, Marcel. No Caminho de Swann. Trad.: Mario Quintana. 3. ed. São Paulo: Ed. Globo, 2006. (Em Busca do Tempo Perdido, v. 1).

ROSA, Guimarães. O Espelho. In: ROSA, Guimarães. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.

VASCONCELLOS, Jorge. A filosofia e seus intercessores: Deleuze e a não filosofia. Educação e Sociedade, Campinas, v. 26, n. 93, p. 1217-1227. set./dez. 2005. https://doi.org/10.1590/S0101-73302005000400007.

Zourabichvili, François. Deleuze: uma filosofia do acontecimento. São Paulo: Editora 34, 2016.

Downloads

Publicado

2020-01-20

Como Citar

Silva, L. dos S. (2020). A efervescência do modo de pensar de Gilles Deleuze: conexões e proposições no cenário educacional. Educação Por Escrito, 11(1), e32727. https://doi.org/10.15448/2179-8435.2020.1.32727

Edição

Seção

Artigos