Diferenças na gravidade da queda entre idosos jovens e longevos

Autores

  • Gabriela Guimarães Oliveira Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Bruna Borba Neves Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Luisa Braga Jorge Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Jéssika Cefrin Dantas Neris Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Bruna Rios Rauber Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Iride Cristofoli Caberlon Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Ângelo José Gonçalves Bós Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/2357-9641.2016.2.26181

Palavras-chave:

Envelhecimento, Idoso, Idoso de 80 Anos ou mais, Acidentes por Quedas, Gravidade do Paciente.

Resumo

Objetivo: Observar as possíveis diferenças na gravidade da queda entre idosos jovens e longevos.

Métodos: Foram identificados todos os idosos jovens (60 a 79 anos) e longevos (80 anos ou mais) atendidos por queda no ano de 2010, em duas unidades de Atendimento de Urgência e Emergência Hospitalar em Porto Alegre, RS. Mediante revisão dos boletins de atendimento, foram extraídos dados referentes ao idoso, dentre eles, as consequências da queda, classificadas pelo índice proposto por Caberlon e Bós (2015). As médias da gravidade da queda foram comparadas entre os dois grupos etários e testada pelo teste t de Student. A relação entre o gênero, faixa etária e o grau de gravidade foi testado pelo Qui-quadrado.

Resultados: A maioria dos atendidos era do sexo feminino (72%), entre as quais 24% eram longevas. A percentagem de longevas foi significativamente maior que o de longevos (19%, p<0,001). A média do índice de gravidade geral foi de 5,7. Longevos apresentaram um índice de 6,5±5,45 enquanto os idosos mais jovens apresentaram um índice menor de 5,5±6,39 (p<0,001). As mulheres apresentaram maior frequência de gravidade severa.

Conclusão: Concluímos que idosos longevos apresentam maior gravidade das quedas. Essa conclusão também é válida para o sexo feminino que, além de caírem com maior frequência apresentam maior gravidade das quedas principalmente no número de fraturas nas faixas etárias avaliadas (idosos jovens e longevos). Também concluímos ser possível utilizar um instrumento de avaliação da qualidade da queda que poderá ser utilizada em investigações futuras, a fim de contribuir para a realização de uma vigilância epidemiológica mais eficaz e resolutiva.

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Publicado

2017-05-02

Como Citar

Oliveira, G. G., Neves, B. B., Jorge, L. B., Dantas Neris, J. C., Rauber, B. R., Caberlon, I. C., & Bós, Ângelo J. G. (2017). Diferenças na gravidade da queda entre idosos jovens e longevos. PAJAR - Pan-American Journal of Aging Research, 4(2), 54–59. https://doi.org/10.15448/2357-9641.2016.2.26181

Edição

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