Relação entre capacidade funcional e capacidade de tomada de decisão em longevos
DOI:
https://doi.org/10.15448/2357-9641.2015.2.22532Palavras-chave:
Idosos de 80 anos ou mais, Autonomia pessoal, Classificação internacional da funcionalidade, Incapacidade e saúde.Resumo
O envelhecimento populacional é um desafio deste século, impactando a sociedade e provocando necessidades de ajustes estruturais. A longevidade envolve inúmeras alterações na vida do idoso e quando associada à incapacidade funcional pode comprometer a funcionalidade, saúde, privando-o de uma vida autônoma e saudável. Objetivo: Observar a relação entre capacidade funcional e capacidade de tomar decisão em longevos. Métodos: Trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva analítica transversal, em longevos (80 anos ou mais) do Rio Grande do Sul. Os instrumentos utilizados foram questionário geral, questionário de interação entre o longevo e sua vida, medidas de independência funcional e capacidade de tomar decisão. Resultados: A amostra foi composta por 47 longevos, divididos em octogenários (19) e nonagenários (28). A fase psicológico-moral dos octogenários foi classificada em média como conscienciosa e dos nonagenários como conformista. Os grupos apresentaram maior perda nas decisões relacionadas a atividades no lar. Os nonagenários apresentaram pior capacidade funcional quando comparados aos octogenários, essa observação foi menos acentuada em longevos que se encontravam em fase conscienciosa do desenvolvimento psicológico moral, ou seja, com maior capacidade de tomar decisões. Conclusões: Observamos uma relação positiva entre capacidade funcional e capacidade de tomada de decisão nos longevos estudados. Investigar os fatores que possam contribuir para que o longevo tenha maior independência e autonomia é fundamental para a reestruturação dos serviços, planejar ações de saúde pública e prestar atendimento com dignidade, buscando por maior tempo possível à manutenção da qualidade de vida em longevos.
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