O HIV em idosos: atuação de médicos da Atenção Primária à Saúde em Porto Alegre/RS, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/2357-9641.2020.1.34081

Palavras-chave:

Saúde do Idoso. HIV. Infectologia. Geriatria. Saúde Pública.

Resumo

Introdução: O envelhecimento da população brasileira vem aumentando substancialmente nos últimos anos, se estima que em 2025 o Brasil terá cerca de 30 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Dados recentes do Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 3 (RIO GRANDE DO SUL, 2018) demonstram que os casos de HIV continuam crescendo, com 364 infectados com 55 anos ou mais em 2016 e, até 30 de junho de 2017, foram registrados 132 casos.

Objetivo: descrever a atuação dos médicos de família e comunidade (MFCs) e dos generalistas na prevenção primária e secundária em relação à infecção pelo HIV na população idosa atendida pela Atenção Primária à Saúde (APS) do município de Porto Alegre/RS.

Metodologia: trata-se de um estudo transversal, misto, em que os médicos que atuam em Unidades Básica de Saúde (UBSs) ou na Estratégia Saúde da Família (ESF) na APS em Porto Alegre/RS responderam a um questionário on-line.

Resultados: os 38 participantes tinham entre 26 e 67 anos de idade, apresentando entre 1 a 30 anos de atuação na atenção básica 39,5% eram médicos generalistas, e 60,5% eram médicos de família e comunidade. 71% deles possuem pacientes idosos com diagnóstico de HIV, no entanto somente 44,7% referiram tratar o idoso na unidade. 56,5% dos MFCs e 53,3% dos generalistas referiram não realizar o seguimento desse paciente na unidade.

Conclusões:  evidenciou-se que não é uma rotina para os médicos da AB realizarem ações de prevenção primária e secundária referente a infecção pelo HIV em idosos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ibrahim Clós Mahmud, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS.

Mestre em Gerontologia Biomédica pela Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS, Porto Alegre, RS, Brasil). Médico da Estratégia da Família pelo Instituto de Municipal de Estratégia de Saúde da Família em Porto Alegre, RS.

Paulo Renato Petersen Behar, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Porto Alegre, RS.

Doutor em Medicina (Pneumologia) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil). Médico infectologista do controle de infecção do Hospital Nossa Senhora da Conceição. Professor da Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFSCPA) em Porto Alegre, RS.

Ângelo José Gonçalves Bós, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS.

Doutor em Medicina com ênfase em Saúde Comunitária pela Tokai University (Japão). Pós-doutor pelo Instituto Nacional Americano sobre o Envelhecimento, pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Johns Hopkins (EUA) e pelo Departamento de Saúde e Participação Social do Tokyo Metropolitan Institute of Gerontology (Japão). Professor Titular da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS.

Newton Luiz Terra, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS.

Doutor em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS, Porto Alegre, RS, Brasil). Professor da Escola de Medicina Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) em Porto Alegre, RS.

Referências

Areosa SVC. Envelhecimento humano: realidade familiar e convívio social de idosos do Rio Grande do Sul (Brasil) e da Catalunha (Espanha). Porto Alegre: EDIPUCRS; 2012. https://doi.org/10.29289/259453942018v28s1059

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativas populacionais. Brasília: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2018. https://doi.org/10.17143/ciaed/xxiilciaed.2017.00322

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 2018. Brasília: Ministério da Saúde; 2018.

Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul. Coleções ações em saúde. Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 3. Porto Alegre: SSRS; 2018. https://doi.org/10.29289/259453942018v28s1059

Alencar RA, Ciosak SI. AIDS in the elderly: reasons that lead to late diagnosis. Rev Bras Enferm. 2016; 69: doi: 1140-1146. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0370

Jekel JF, Katz DL, Elmore JG. Epidemiologia, bioestatística e medicina preventiva. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2005.

Gil AC. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas; 1999.

Bós AJG. Epi Info® sem mistérios: um manual prático. Dados eletrônicos. Porto Alegre: EdiPUCRS; 2012.

Ministério da Saúde (BR). Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde; 2012. https://doi.org/10.11606/d.22.2007.tde-13112007-162850

Ministério da Saúde (BR). Prevenção combinada do HIV: bases conceituais para profissionais trabalhadores(as) e gestores(as) de saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2017. https://doi.org/10.5327/z1679443520190289

Ministério da Saúde (BR). Prevenção combinada do HIV: sumário executivo. Brasília: Ministério da Saúde; 2017.

Monteiro TJ, Trajano LASN, Carvalho DS, et al. Avaliação do conhecimento sobre o HIV/AIDS em grupo de idosos através do QHIV31. Geriatr Gerontol Aging. 2016;10:29-33. https://doi.org/10.5327/z2447-2115201600010006

Madeira K, Simões PWTA, Heluany MCV, ett al. Conhecimento de HIV/AIDS em um grupo de idosos na cidade de Criciúma-SC/Brasil. Rev Bras Ger Geront 2014;8:43-49.

Lazzarotto AR, Kramer, AS, Hadrich M, et al. O conhecimento de HIV/aids na terceira idade: estudo epidemiológico no Vale do Sinos, Rio Grande do Sul, Brasil. Ciênc Saúde Coletiva 2008;6(3):1833-1840. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232008000600018

Araujo GM, Leite MT, Hildebrandt LM, et al. Self-care of elderly people after the diagnosis of acquired immunodeficiency syndrome. Rev Bras Enferm. 2018;71(2):793-800. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0248

Gomes SF, Silva CM. Perfil dos idosos infectados pelo HIV/aids: uma revisão. Vitalle: Rev Ciênc Saúde 2008;20:107-122

Cerqueira MBR. O binômio idosos e HIV/aids: subsídios para pesquisas e políticas públicas. Rev Espaço Acadêmico UFMG 2016;12(187):150-157.

Macinko J, Starfield B, Shi L. Quantifying the Health Benefits of Primary Care Physician Supply in the United States. Int J Health Serv. 2007;(37):111-26, 2007. http://dx.doi.org/10.2190/3431-G6T7-37M8-P224

Sarti TD, Fontenelle LF, Gusso GDF. Panorama da expansão dos programas de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade no Brasil: desafios para sua consolidação. Rev Bras Med Fam e Comunidade 2018;(40):1-5, 2018. https://doi.org/10.5712/rbmfc13(40)1744

Guillford MC. Availability of primary care doctors and population health in England: is there an association? J Public Health Med. 2002;(24):252-254. http://dx.doi.org/10.1093/pubmed/24.4.252

Downloads

Publicado

2020-03-30

Como Citar

Clós Mahmud, I., Petersen Behar, P. R., Gonçalves Bós, Ângelo J., & Terra, N. L. (2020). O HIV em idosos: atuação de médicos da Atenção Primária à Saúde em Porto Alegre/RS, Brasil. PAJAR - Pan-American Journal of Aging Research, 8(1), e34081. https://doi.org/10.15448/2357-9641.2020.1.34081

Edição

Seção

Artigo Original