Black hands

Beatriz Nascimento, theory of history and brazilian historiography

Authors

DOI:

https://doi.org/10.15448/2178-3748.2021.1.40489

Keywords:

Beatriz Nascimento, Historiography, Theory of History

Abstract

The article seeks to explore the mainly historiographical dimension and the theoretical-methodological approaches, propositions, advances, and limitations of Beatriz Nascimento (1942-1995) in her trajectory as a historian and theoretician of History. From the documentary point of view, we used the book-archive Beatriz Nascimento, Quilombola e Intelectual: Possibilidades nos dias da destruição (2018). In the development of the analysis we elaborate, through an analysis of the history of Brazilian Historiography, the symbolic intertwining of the connection “White hands/Black hands” that emerged from the intellectual relationships between the author and Brazilian historian José Honório Rodrigues back into the 1960s, in Rio de Janeiro, and argue that Beatriz Nascimento’s theoretical articulations amalgamated political, social and cultural discussions that gave rise to the first steps, in the social context of the contemporary Black Movements in the 1970-90s, of a Black Historiography in the Brazil, in a critical, decolonial and undisciplined anti-racist stance of politicization of knowledge and rejection of the colonial foundations of the Western epistemic rationale.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Rafael Petry Trapp, Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Barreiras, Bahia, Brasil.

Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

References

ÁVILA, Arthur Lima de. O que significa indisciplinar a história? In: ÁVILA, Arthur Lima de.; NICOLAZZI, Fernando; TURIN, Rodrigo (org.). A História (in)Disciplinada: teoria, ensino e difusão do conhecimento histórico. Vitória: Editora Milfontes, 2019. p. 19-52.

BARBOSA, Muryatan S. Guerreiro Ramos e o personalismo negro. 2004. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – FFLCH-USP, São Paulo, 2004.

BRESCIANI, Mª Stela. O charme da ciência e a sedução da objetividade: Oliveira Vianna entre intérpretes do Brasil. São Paulo: Ed. UNESP, 2005.

DOMINGUES, Petrônio. Protagonismo negro em São Paulo: história e historiografia. São Paulo: Ed. SESC, 2019.

FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes: o legado da “raça branca”. 5. ed. São Paulo: Globo, 2008. v. 1.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.

GRUPO de Trabalho André Rebouças. II Semana de Estudos Sobre o Negro na Formação Social Brasileira. Niterói: UFF, 1976.

MARTIUS, Karl F. Como se deve escrever a História do Brasil. Revista de História da América, São Paulo, n. 42, p. 433-458, dez. 1956.

MESQUITA, Érika. Clóvis Moura: marxismo e questão racial. In: Portal Vermelho, Brasília, 10 abr. 2016. Disponível em: https://vermelho.org.br/2016/04/10/clovis-moura-marxismo-e-questao-racial. Acesso em: 21 jan. 2021.

MILLARCH, Arami. “Orí”, um filme-tese sobre a cultura negra”. Jornal Estado do Paraná, Curitiba, 9 abr. 1989. Seção Almanaque, p. 3. Disponível em: https://www.millarch.org/artigo/ori-um-filme-tese-sobre-cultura-negra. Acesso em: 25 jan. 2021.

MOURA, Clovis. A Sociologia posta em questão. São Paulo: Ed. Ciências Humanas, 1978.

NASCIMENTO, Abdias. Genocídio do Negro Brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

NASCIMENTO, Beatriz. Beatriz Nascimento, Quilombola e Intelectual: Possibilidades nos dias da destruição. São Paulo: Editora Filhos da África, 2018.

OLIVEIRA, Eduardo de Oliveira e. Comentário. In: PINHEIRO, Paulo Sérgio (coord.). Trabalho escravo, economia e sociedade. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1984. p. 69-71.

OLIVEIRA, Eduardo de Oliveira e. Etnia e Compromisso Intelectual. In: Grupo de Trabalho André Rebouças. Caderno de Estudos da III Semana de Estudos Sobre o Negro na Formação Social Brasileira. Niterói: UFF, 1977. p. 22-27.

PINN, Maria. Beatriz Nascimento e a invisibilidade negra na historiografia brasileira: mecanismos de anulação e silenciamento das práticas acadêmicas e intelectuais. Aedos, Porto Alegre, v. 11, n. 25, p.140-156, dez. 2019.

PEREIRA, Amilcar A. O Mundo Negro: a constituição do movimento negro contemporâneo no Brasil (1970-1995). 2013. Tese (doutorado em História) – UFF, Niterói, 2013.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires, CLACSO, 2005. p. 227-278.

RAMOS, Alberto Guerreiro. O problema do negro na sociologia brasileira. Cadernos do Nosso Tempo, Rio de Janeiro, n. 2, p. 189-220, jan./jun. 1954.

RATTS, Alex. Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São Paulo: Instituto Kuanza; Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006.

REIS, João Carlos. Historiografia e Quilombo na obra de Beatriz Nascimento. 2019. Monografia (Licenciatura em História) – Curso de História, UNILA, Foz do Iguaçu, 2019.

REIS, José Carlos. As identidades do Brasil. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2008.

RIOS, Flávia. Elite política negra no Brasil: relação entre movimento social, partidos políticos e Estado. 2015. Tese (Doutorado em Sociologia) – FFLCH-USP, São Paulo, 2015.

RODRIGUES, José Honório. História da história do Brasil: historiografia colonial. 2. ed. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1979.

ROMERO, Sílvio. Machado de Assis: estudo comparativo. Campinas: Ed. UNICAMP, 1992.

SCHWARCZ, Lília. O espetáculo das raças. São Paulo: Cia das Letras, 1993.

SILVA, Joana. Centro de Cultura e Arte Negra. São Paulo: Selo Negro, 2012.

SILVA, Marcelo L. A História no discurso do Movimento Negro Unificado. 2007. Dissertação (Mestrado em História) – IFCH-UNICAMP, Campinas, 2007.

TAPLES, Robert. What is Black Sociology? In: LADNER, Joyce. The Death of White Sociology. New York: Vintage Books, 1973. p. 161-172.

TRAPP, Rafael P. O Elefante Negro: Eduardo de Oliveira e Oliveira, raça e pensamento social no Brasil. São Paulo: Alameda, 2020.

VARNHAGEN, Francisco A. História Geral do Brasil. 6. ed. São Paulo: Editora Melhoramentos, 1959.

VINHAS, Wagner. Palavras sobre uma historiadora transatlântica: estudo da trajetória intelectual de Maria Beatriz Nascimento. 2015. Tese (doutorado em Estudos Étnicos e Africanos) – CEAO-UFBA, Salvador, 2015.

Published

2021-11-03

How to Cite

Trapp, R. P. (2021). Black hands: Beatriz Nascimento, theory of history and brazilian historiography. Oficina Do Historiador, 14(1), e40489. https://doi.org/10.15448/2178-3748.2021.1.40489

Issue

Section

Dossiê: Mulheres Atlânticas