-s e -z em português
Segmento idêntico mas estrutura diferente
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2022.1.42587Palavras-chave:
Fonologia do português, Acento, Peso silábico, Estrutura silábica, SufixaçãoResumo
O português tem apenas uma obstruinte final de palavra: /‑s/, que se realiza [s] ou [ʃ] consoante a variedade. É geralmente extramétrica, mas parecem constituir exceções numerosos oxítonos acabados em /s/ (muitas vezes escrito com <-z>): rapaz, cortês, nariz, veloz, avestruz etc. Como pode o mesmo segmento fonético no mesmo contexto exibir comportamento diferente em relação ao acento? Duas explicações são possíveis. A primeira requer um modelo cíclico, por ser o /s/ extramétrico um sufixo (de plural ou de 2ª pessoa). A segunda deriva a divergência no comportamento de /‑s/ das diferentes estruturas fonológicas a que o mesmo conteúdo segmental se encontra associado. Ver-se-á por que razões a segunda teoria é preferível.
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