A influência da animacidade no processamento de cláusulas relativas no Português Brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7726.2015.1.18398Palavras-chave:
Animacidade, Sujeito e objeto animado e inanimado, Cláusula relativa, Processamento on-lineResumo
Neste trabalho, reportamos dois experimentos que realizamos por meio da técnica experimental de leitura automonitorada cujo foco foi a influência do traço da animacidade em Cláusulas Relativas de Sujeito e de Objeto. No primeiro experimento, com cláusulas com sujeitos e objetos animados, os resultados demonstraram que as cláusulas de sujeito foram lidas num tempo significativamente menor do que as relativas de objeto. No segundo experimento, controlamos a animacidade, construindo cláusulas relativas de sujeito e de objeto, sendo metade delas com termos animados e metade inanimados e, embora tenhamos encontrado efeito de interação entre o tipo de relativa e o traço da animacidade, não houve efeito principal quanto a esses dois fatores. Ou seja, esses resultados demonstram que o traço da animacidade é acessado pelo parser já no início do processo da compreensão de uma frase e por isso mesmo o processador sintático não estaria restrito a informações puramente sintáticas.
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The influence of animacy on relative clause processing in Brazilian Portuguese
Abstract: In this paper, two self-paced reading experiments address the question whether the parser accesses and compute semantic features during sentence processing. Both experiments aimed to compare the processing of subject relative clauses and object relative clauses. In the first experiment, these clauses were not manipulated in terms of its animacity features – both subject and object were animate DPs. The results of this experiment demonstrate that subject relative clauses were read significantly faster when compared to object relative clauses. The second experiment did manipulate the animacity features: subject and object of relative clauses were divided in 50% of animate and 50% of non-animate DPs. Under these circumstances, the results reveal that the reading times of subject and object relative clauses are statistically equivalent. The syntactic asymmetries between subject and object relatives alone cannot explain these results, therefore the experiments lead to the conclusion that the parser is likely to access and compute semantic features during on-line sentence processing.
Keywords: Animacity features; Animate and non-animate subject and object relative clauses;
On-line parsing
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