Mundo velho sem porteira: Viagens de Garrett e Verissimo na terra portuguesa

Autores

  • Carla Luciane Klôs Schöninger Universidade Regional Integrada do Alto Urugaui e das Missões

Palavras-chave:

Viagens, Memorialismo, Ficção

Resumo

Este estudo aproxima dois textos que articulam relações com a temática de viagem nas terras portuguesas: a obra literária de Almeida Garrett, Viagens na minha terra, e o fragmento do livro Solo de clarineta II: memórias- “Mundo velho sem porteira!” de Erico Verissimo. Por apresentarem hibridismo de gêneros, ambos os textos apresentam em suas constituições várias possibilidades de investigação. Propõe-se um estudo analítico dos aspectos políticos, geográficos, históricos, antropológicos e literários que se encontram relacionadas às produções dos autores. Este enfoque analítico considera a diferenciação elementar dos usos da memória, na consideração da rememoração como artifício para a produção literária e da memória como reconstituição. Por transitar em discurso predominantemente ficcional, Garrett, em vários momentos, comunica indiretamente ao leitor, através dos personagens, tanto suas emoções quanto a situação de Portugal. Já Erico Verissimo realiza uma reconstrução psíquica de seu passado, transmitindo de maneira direta ao leitor seu ponto de vista sobre os lugares, pessoas e sentimentos, num processo de evocação do real. Assim, o memorialista brasileiro e o romancista português tratam de maneira subjetiva as diferentes percepções dos elementos antropológicos, geográficos, literários, históricos e políticos contemplados em seus mundos narrativos.

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Publicado

2012-12-10

Como Citar

Schöninger, C. L. K. (2012). Mundo velho sem porteira: Viagens de Garrett e Verissimo na terra portuguesa. Letras De Hoje, 47(4), 420–424. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/fale/article/view/11018

Edição

Seção

Seção Livre