Sociologia da Infância
campo científico, passos e percalços
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2023.1.44560Palavras-chave:
Sociologia da Infância, crianças, campo científico, reflexividadeResumo
Nos últimos tempos, a reflexão sociológica sobre as crianças tem vivido um considerável desenvolvimento, dando origem a uma nova área de especialização: a Sociologia da Infância. Tendo isso em atenção, determinadas abordagens têm se apressado em afirmar que essa incipiente área já atingiu a maturação requerida para o seu completo estabelecimento intelectual, estando consolidada como campo científico. O presente trabalho refuta essa tese, considerando, por exemplo, os aportes de Pierre Bourdieu a respeito do modus operandi do campo científico. Assim, é apresentada uma dupla hipótese a respeito dos estudos contemporâneos sobre a infância, isto é: 1) há uma dificuldade de a Sociologia da Infância se consolidar como campo científico; 2) essa dificuldade decorre, em parte, das particularidades internas desse incipiente campo, a exemplo dos percalços da sua estruturação e das perspectivas de abordagem concorrentes em seu interior. Busca-se averiguar essa hipótese realizando-se uma revisão da literatura sociológica sobre a infância produzida em língua portuguesa, inglesa, francesa e espanhola. Como resultado, infere-se a comprovação da hipótese e, entre as considerações conclusivas, é afirmado que, só a partir de uma sociologia reflexiva, se pode procurar fazer com que o sociólogo da infância evite os erros que debilitam o campo científico que ele pretende construir.
Downloads
Referências
ALVARADO, S. V.; LLOBET, V. (2013). “Introducción”, in LLOBET, V. (Org.). Pensar la infancia desde América Latina: un estado de la cuestión. Buenos Aires: CLACSO.
BOURDIEU, P.; WACQUANT, L. (2014). Invitation à la sociologie réflexive. Paris: Éditions Seuil.
BOURDIEU, P. (1994). Raisons pratiques: sur la théorie de l’action. Paris: Éditions Seuil.
BOURDIEU, P. (1982). Leçon sur la leçon. Paris: Éditions Minuit.
BOURDIEU, P. (1980). Le sens pratique. Paris: Éditions de Minuit.
BOURDIEU, P. (1977). Sur le pouvoir symbolique. Annales, vol 32, nº 3. DOI: https://doi.org/10.3406/ahess.1977.293828
BOURDIEU, P. (1976). Le champ scientifique. Actes de Ia Recherche en Sciences Sociales, n. 2/3, p. 88-104. DOI: https://doi.org/10.3406/arss.1976.3454
BUSTELO, E. (2012). “Notas sobre infancia y teoría: un enfoque latinoamericano”. Salud colectiva, 8 (3): 287-298. DOI: https://doi.org/10.1590/S1851-82652012000400006
CALHOUN, C.; ROJEK, C.; TURNER, B. (ed) (2005). The sage handbook of sociology. London. Sage. DOI: https://doi.org/10.4135/9781848608115
CORSARO, W. A. (1997). The sociology of childhood. Thousand Oaks, CA: Pine Forge Press.
CORREIA, J. A.; MATOS, M. (2001). Da crise da escola ao escolacentrismo, in STOER, S. R.; CORTESÃO, L.; CORREIA, J. A. (Orgs.) (2001). Transnacionalização da educação: da crise da educação à “educação” da crise. Porto: Afrontamento.
CORCUFF, P. (1995). Les nouvelles sociologies: constructions de la réalité social. Paris: Nathan.
DELGADO, A. C. C. (2011). Estudos socioantropológicos da infância no Brasil: caminhos, problematizações e diálogos, in MARTINS FILHO, A. J.; PRADO, P. D. (Orgs.). Das pesquisas com crianças à complexidade da infância. Campinas: Autores Associados.
DURKHEIM, É. (2013). Éducation et sociologie. 10 ed. Paris: PUF.
FERNANDES, F. (1979). As “Trocinhas” do Bom Retiro, in:_______. Folclore e mudança social na cidade de São Paulo. 2 ed. Petrópolis: Vozes, p. 153-175.
LAHIRE, B. (2005). L’esprit sociologique. Paris. Éditions la Découverte.
LIEBEL, M. (2019). Infancias dignas o cómo descolonizarse. Lima: Ifejant.
LIEBEL, M. (2016). ¿Niños sin Niñez? Contra la conquista poscolonial de
las infancias del Sur global. MILLCAYAC - Revista Digital de Ciencias Sociales, vol. III, nº 5, p. 245-272.
LIEBEL, M. (2003). Working children as social subjects The contribution of working children’s organizations to social transformations. Childhood, 10(3), p. 265-285. DOI: https://doi.org/10.1177/09075682030103002
LIEBEL, M. (2000). La otra infancia: niñez trabajadora y accion social. Lima: Ifejant.
MARTINS, J. de S. (1993). O massacre dos inocentes: a criança sem infância no Brasil. São Paulo: Huctec.
MAUS, M. (1996). Trois observations sur la sociologie de l’enfance. Gradhiva: Revue d'Histoire et d'Archives de l'Anthropologie, nº20, p. 108-115. DOI: https://doi.org/10.3406/gradh.1996.912
MUÑOZ, L. G. (2017). Contribuciones ee el campo de la Sociología de la Infancia: diálgos con Lourdes Gaitán Muñoz – entrevista. Educar em Revista, nº 65, p. 267-282. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.50193
PUNCH, S. (2001). Negotiating autonomy: childhoods in rural Bolivia. In ALANEN, L.; MYALL, B. (Eds.), Conceptualising Child-Adult Relations. Londres: Routledge Falmer, p. 23-36.
QUINTEIRO, J. (2003). Sobre a emergência de uma sociologia da Infância: contribuições para o debate. Perspectiva, v. 20, p. 137-162. Disponível em: < https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/10282> Acesso em: 23 ago. 2022.
QVORTRUP, J. (2001). Childhood as a Social Phenomenon Revisited, in BOIS-REYMOND, M.; SÜNKER, H.; KRÜGER, H-H. (Orgs). Childhood in Europe: approaches, trends, findings. New York: Peter Lang Pub, p. 215-241.
SARMENTO, M. J. (2008). Sociologia da Infância: correntes e confluências, in SARMENTO, M. J. e GOUVÊA, M. C. S. de (Orgs.) (2008). Estudos da Infância: educação e práticas sociais. Petrópolis: Vozes.
SIROTA, R. (2017). Sociologie de l’enfance et sociologie de l’éducation: va-et-vient. Education et Sociétés, 2(40), p. p. 105-121. Disponível em: < https://www.cairn.info/revue-education-et-societes-2017-2-page-105.htm> Acesso em: 19 ago. 2022. DOI: https://doi.org/10.3917/es.040.0105
SIROTA, R. (1998). L’emergence d’une sociologie de l’enfance: evolution de l’objet, evolutions du regard. Education et Sociétés, nº2, p.9-33. Disponível em: < http://ife.ens-lyon.fr/publications/edition-electronique/education-societes/RE002-2.pdf> Acesso em: 21 ago. 2022.
UNDA, R. (2009). Perspectivas teóricas de la sociología de la infancia en América Latina. FARO - Revista de la Unidad de Postgrados de la UPS, 1, p. 10-30.
VERGARA, A.; PENA, M.; CHÁVEZ, P.; Vergara, E. (2015). Los ninos como sujetos sociales. El aporte de los Nuevos Estudios Sociales de la infancia y el Análisis Crítico del Discurso. Psicoperspectivas. Individuo y Sociedad, 14(1), p. 55-65. DOI: https://doi.org/10.5027/psicoperspectivas-Vol14-Issue1-fulltext-544
SEPÚLVEDA-KATTAN, N. (2021). Sociología de la infancia y América Latina como su lugar de enunciación. Íconos - Revista de Ciencias Sociales, nº 70, p. 133-150. DOI: https://doi.org/10.17141/iconos.70.2021.4438
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Educação

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
DERECHOS DE AUTOR
La sumisión de originales para la Educação implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a
Educação como el medio de la publicación original.
CREATIVE COMMONS LICENSE
Debido a que es una revista de acceso abierto, permite el libre uso de artículos en aplicaciones científicas y educativas, siempre y cuando la fuente. De acuerdo con la Licencia Creative Commons CC-BY 4.0, adoptada por la
Educação el usuario debe respetar los requisitos abajo.
Usted tiene el derecho de:
Compartir - copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato.
Adaptar - remezcla, transformar y crear a partir del material para cualquier propósito, incluso con fines comerciales.
Sin embargo, sólo de acuerdo con los siguientes términos:
Asignación - Usted debe dar el crédito apropiado, proveer un enlace a la licencia e indicar si los cambios se han hecho. Debe hacerlo en condiciones razonables, pero de ninguna manera que sugiera que
Educação usted o su uso es compatible.
No hay restricciones adicionales - No se pueden aplicar términos legales o naturaleza tecnológica de las medidas que restringen legalmente hacer algo distinto de los permisos de licencia.
Avisos:
Usted no tiene que cumplir con los términos de licencia con respecto a los elementos materiales que son de dominio público o cuyo uso está permitido por una excepción o limitación que se aplica.
Garantías no se les da. La licencia no le puede dar todos los permisos necesarios para el uso previsto. Por ejemplo, otros derechos, como derechos de imagen, privacidad o derechos morales, pueden limitar el uso del material.
Para obtener más información acerca de la licencia Creative Commons, siga el enlace en la parte inferior de esta página web.