Atenção conjunta virtual e a construção da ação colaborativa
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2017.2.26396Palavras-chave:
Atenção conjunta virtual, Ação colaborativa, Realidade virtual.Resumo
O objetivo deste artigo é discutir a noção de atenção conjunta virtual e a construção da ação colaborativa nesse processo. Para tanto, analisamos dados de vinte crianças, de 22 a 65 meses de idade, jogando com o aplicativo Mimi©. Esse jogo foi desenvolvido para tablets e é composto por dez fases em que a criança é convidada a cumprir tarefas para cuidar de um gato, por meio de instruções fornecidas pelo narrador do jogo, presente na realidade virtual. A discussão proposta neste artigo tem como base a teoria da atenção conjunta, discutida principalmente por Bruner (1975) e Tomasello (2003), e a noção de ação colaborativa trazida por Tomasello e Carpenter (2007). Já o conceito de atenção conjunta virtual (COSTA FILHO, 2016) se constitui quando a criança interage com o narrador presente na realidade virtual. Esse processo modificado de atenção conjunta, no entanto, também requer a ação colaborativa que, como mostram os dados, envolve tanto interlocutores da realidade atual quanto da realidade virtual. Os dados mostram ainda que as crianças mais novas têm mais dificuldade para estabelecer a atenção conjunta virtual e que, por isso, buscam com mais frequência o interlocutor atual para a ação colaborativa.
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