Ciência, razão e sintoma em Memórias do Subsolo

Autores

  • Ana Carolina Huguenin Pereira UERJ/FFP

Palavras-chave:

F.M. Dostoiévski, Memórias do subsolo, Modernidade, A. Koyré

Resumo

Do mundo fechado ao universo infinito – a frase do filósofo russo Alexander Koyré, título de obra homônima, expressa o movimento histórico (re) definidor da modernidade ocidental. O “mundo fechado” seria aquele relacionado ao cosmos aristotélico, inatingido pelo impacto revolucionário dos métodos e linguagens científicos modernos, pelo longo esforço de redefinição intelectual genericamente denominado Revolução Científica. Em Memórias do Subsolo, um “homem doente” revela um mal-estar intratável pelos especialistas do discurso científico. Nesta obra, Dostoiévski apresenta questões diversas concernentes à modernidade e ao avanço do racionalismo oitocentista; ao fazê-lo, o autor antecipa e desenvolve (conferindo forte expressão literária a) questões discutidas ao longo do século XIX e XX, por exemplo pela psicanálise e pela filosofia da ciência. O objetivo do presente artigo é apontar, de forma breve, essas possíveis interlocuções, salientando as contradições, falhas e críticas, direcionadas por Dostoiévski, ao “universo infinito” que se expandia sobre a Rússia do século XIX. 

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Biografia do Autor

Ana Carolina Huguenin Pereira, UERJ/FFP

Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (tese defendida: "Da Casa Verde ao subsolo: Machado de Assis e Dostoiévski entre modernidade e tradição. ano de defesa: 2011). Áreas de atuação: História e Literatura, História cultural e História Contemporânea. Professora Adjunta do Departamento de Ciências Humanas da UERJ/FFP.

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Publicado

2014-05-31

Como Citar

Pereira, A. C. H. (2014). Ciência, razão e sintoma em Memórias do Subsolo. Letrônica, 6(2), 642–661. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/letronica/article/view/14731