É trabalho de preto... Emergência e insurgência da luta contra o racismo pela ressignificação do discurso

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2021.4.39761

Palabras clave:

Racismo, Ressignificação, Formação discursiva

Resumen

Este artigo centra-se na defesa da ressignificação do discurso como uma das frentes de insurgência e de atualização da luta contra o racismo. Para cumprir tal intento, são analisados os nomes de duas páginas da rede social Instagram que são ressignificações de expressões racistas cristalizadas. Este percurso será orientado por Achille Mbembe (2018), Abdias Nascimento (2016) e Beatriz Nascimento (2018), no que tange às questões ligadas ao racismo e ao negro. O tratamento das questões discursivas está pautado nos conceitos de formação discursiva (FOUCAULT, 2016), de prática discursiva desenvolvido por Dominique Maingueneau (1997; 2008) e de linguagem-intervenção defendido por Décio Rocha (2006; 2014). Com isso, será possível mostrar que a relação entre língua e história sempre se atualiza e propicia construções de outros mundos e de outras possibilidades de sociedade.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Tatiana Jardim Gonçalves, Secretaria Estadual de Educação (Seeduc/RJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Doutora em Letras, com especialidade em Linguística pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil; mestre em Estudos de Linguagem, com especialidade em Linguística, pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, RJ, Brasil; professora da Rede Estadual de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc/RJ), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Citas

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 16. ed. São Paulo: Hucitec, 2014.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 1995.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. 19. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2009.

FOUCAULT, Michel. Verdade e poder. In: FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015. p. 35-54.

FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2016.

GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017.

JARDIM, Tatiana. Sem dor, sem ganho: uma análise da prática discursiva “motivacional” do fisiculturismo. 2019. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.

MAINGUENEAU, Dominique. Novas tendências em análise do discurso. São Paulo: Editora Unicamp, 1997.

MAINGUENEAU, Dominique. Gênese dos discursos. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

MAINGUENEAU, Dominique. Análise de textos de comunicação. São Paulo: Cortez Editora, 2011.

MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. São Paulo: n-1 edições, 2018.

NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. 4. ed. São Paulo: Perspectivas, 2016.

NASCIMENTO, Maria Beatriz. Beatriz Nascimento, quilombola e intelectual: possibilidade nos dias da destruição. Diáspora Africana: Filhos da África, 2018.

ROCHA, Décio. Representação e intervenção: produção de subjetividade na linguagem. Gragoatá, Niterói, n. 21, p. 355-372, 2006.

ROCHA, Décio. Representar e intervir: linguagem, prática discursiva e performatividade. Linguagem em (DIS)curso, Tubarão, v. 14, n. 3, p. 619-632, set./dez. 2014.

Publicado

2021-12-31

Cómo citar

Gonçalves, T. J. (2021). É trabalho de preto. Emergência e insurgência da luta contra o racismo pela ressignificação do discurso. Letrônica, 14(4), e39761. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2021.4.39761