Imaginando a nação no teatro

Criação, escrita e encenação de BR3, do Teatro da Vertigem e Bernardo Carvalho

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2020.3.36991

Palabras clave:

Nação, identidade nacional, cidade, representação, teatro contemporâneo

Resumen

O romantismo e o modernismo na literatura brasileira procuraram trabalhar com o tema de nossa nacionalidade como meio de nos autorreconhecermos, uma busca por uma identidade nacional. Com o advento do pós-modernismo e, principalmente, dos estudos culturais, a questão da identidade nacional e da representação da nação voltou à carga; historiadores, cientistas sociais e críticos literários e das artes visuais vêm debatendo acerca do tema e, portanto, vemos análises de romances, contos, poemas, pinturas, instalações, filmes e séries de TV, entre outros, que tratam de como esses meios procuram representar a nação – ou se ainda é possível falar de modo totalizante de narrativas da nação e de identidade nacional. Entretanto, esse ponto não parece tão premente nos estudos teatrais. Embora haja peças que procuram narrar o meio, o espaço e a sociedade, seja a nação ou a cidade – essa às vezes como representativa de uma ideia de nação –, o debate sobre o que seria essa ideia de nação e identidade nacional é, na crítica teatral, escasso. Esse artigo tem, portanto, o objetivo de analisar como a nação foi imaginada e o entendimento de identidade nacional na peça BR3, assinada por Bernardo Carvalho e encenada pela companhia Teatro da Vertigem.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Carolina Montebelo Barcelos, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Rio de Janeiro, RJ

Doutora em Literatura, Cultura e Contemporaneidade, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil; pesquisadora e professora de teatro.

Citas

ARAÚJO, Antônio. O processo colaborativo no Teatro da Vertigem. Sala Preta, São Paulo, v. 6, p. 127-133, 2006. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/57302. Acesso em: 22 jan. 2020. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v6i0p127-133

ARAÚJO, Antônio. Entrevista. Revista Folhetim, Rio de Janeiro, n. 20, jul.-dez. 2004.

ARGULLOL, Rafael. A Cidade–turbilhão. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, Rio de janeiro, n. 23, p. 59-68, 1994. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/RevPat23_m.pdf. Acesso em: 19 jan. 2020.

CANCLINI, Néstor García. O patrimônio cultural e a construção imaginária do nacional. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, Rio de Janeiro, n. 23, p. 95-115, 1994. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/RevPat23_m.pdf. Acesso em: 20 jan. 2020.

CARVALHO, Bernardo. Entrevista. Revista Z Cultural, Rio de Janeiro, ano III, n. 2, abr.–jul. 2007. Disponível em http://www.pacc.ufrj.br/z/ano3/02/bernardocarvalho.htm Acesso em: 24 jan. 2020.

CARVALHO, Bernardo. Entrevista. O Percevejo, Rio de Janeiro, v. 9, n. 1, p. 252-263, jan.-jun. 2017. Disponível em: http://www.seer.unirio.br/index.php/opercevejoonline/article/view/6893. Acesso em: 24 jan. 2020.

FERNANDES, Silvia; AUDIO, Roberto (org.). Teatro da Vertigem: BR3. São Paulo: Perspectiva: EDUSP, 2006.

GOMES, Renato Cordeiro. A vertigem do teatro: a reinvenção do teatro como experiência. Revista Folhetim, Rio de Janeiro, n. 17, maio-ago. 2003.

GOMES, Renato Cordeiro. A nação ao redor: da formação enquanto totalidade a interpretações parciais do Brasil. Revista Conexão Letras, [s.l.], v. 10, n. 13, maio 2015. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/conexaoletras/article/view/55697. Acesso em: 25 jan. 2020. https://doi.org/10.22456/2594-8962.55697

GOMES, Renato Cordeiro. Imaginar a nação em tempo heterogêneo e midiático: herança, espetro, resíduos. XVIII ENCONTRO DA COMPÓS, Salvador, p. 1-15, jun. de 2013. Disponível em: http://www.compos.org.br/data/biblioteca_2120.pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.

HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Cidade ou cidades? Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, Rio de Janeiro, n. 23, p. 95-115, 1994. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/RevPat23_m.pdf. Acesso em: 20 jan. 2020.

LABAKI, Aimar. Antonio Araújo e o Teatro da Vertigem. In: NESTROVSKI, A. (ed.). Teatro da Vertigem. Trilogia Bíblica. São Paulo: Publifolha, 2002.

LEHMANN, Hans-Thies. Teatro pós-dramático. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

LIMA, Mariangela Alves de. Teatro da Vertigem empreende viagem transformadora pelo Rio Tietê. O Estado de S. Paulo, São Paulo, Caderno 2, 15 abr. 2006.

MATERNO, Angela. Meditação sobre a noite: paisagem e fronteiras em BR3. Sala Preta, São Paulo, n. 7, p. 229-253, 2007. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/57341/60323. Acesso em: 25 jan. 2020. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v7i0p229-253

SANTIAGO, Silviano. Apesar de dependentes universais. In: Vale quanto pesa: ensaios sobre questões político-culturais. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. TEATRO DA VERTIGEM. BR3. [200-]. Disponível em: https://www.teatrodavertigem.com.br/BR3. Acesso em: 22 jan. 2020.

Publicado

2020-03-24

Cómo citar

Montebelo Barcelos, C. (2020). Imaginando a nação no teatro: Criação, escrita e encenação de BR3, do Teatro da Vertigem e Bernardo Carvalho. Letrônica, 13(3), e36991. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2020.3.36991