Uso da fotografia em Nove Noites, de Bernardo Carvalho, e Vou lá visitar pastores, de Ruy Duarte de Carvalho
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2019.3.33362Palabras clave:
Literatura Comparada, Fotografia, Ficção, Antropologia.Resumen
Este artigo se baseia em formulações teóricas clássicas sobre a fotografia (Barthes, Sontag, Dubois) com o objetivo de estudar comparativamente o uso da fotografia em duas obras contemporâneas. Em Nove noites, o autor brasileiro Bernardo Carvalho (2002) inclui fotografias de alguns de seus personagens e de si próprio para sugerir uma relação problemática entre o enredo ficcional do romance e o “mundo real”; no ensaio Vou lá visitar pastores, do antropólogo angolano Ruy Duarte de Carvalho (2000) faz o oposto: inclui em seu relato etnográfico fotografias tratadas de tal modo que a sua referência na realidade seja posta em questão, em consonância com o estilo de escrita que o aproxima do registro literário. Do fato de que a obra de Ruy Duarte foi comentada e elogiada por Bernardo Carvalho antes do surgimento de Nove noites deriva a hipótese de que a presença das fotografias nessas obras, com caráter ao mesmo tempo oposto e complementar, não seja uma coincidência.Descargas
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