Entre a tradução e a escrita: reflexões sobre a domesticação, a visibilidade, a ética e a construção autoral do tradutor
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2019.1.32103Palabras clave:
Tradução. (In)Visibilidade. Domesticação. Autoria. Ética.Resumen
A tradução é uma atividade que envolve muitas complexidades, entre as quais a constituição da ética e da autoria do tradutor, que precisam ser mais discutidas. Assim, este trabalho busca refletir sobre como a invisibilidade oculta a constituição autoral do tradutor, impactando, também, na ética do tradutor, em traduções domesticadoras. Para demonstrar os pontos discutidos, são apresentados alguns exemplos retirados de uma tradução domesticada e adaptada do conto The Yellow Wallpaper (1892), da escritora Charlotte Perkins Gilman. Até que ponto o tradutor pode interferir na escrita do autor do original? Quais são os impactos da presença discursiva do tradutor para a obra e para o seu leitor? Sabe-se que o discurso do tradutor está sempre presente em seu trabalho, por meio de suas escolhas lexicais, estratégias e técnicas utilizadas em sua tradução. No entanto, a invisibilidade ilusória continua a ser praticada pelo mercado e instituições, apontando para a necessidade de se retomar a discussão. Além disso, é preciso considerar que tais questões têm implicações para a ética do tradutor. Assim, o referencial teórico da área dos estudos da tradução dá a base para as reflexões, tomando, como ponto de partida, as contribuições de Venuti (1995) para a área e o tema.
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