O enlace entre a literatura e a linguística enunciativa Benvenistiana: palavras para fazer ouvir interrogações
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2018.4.31417Palabras clave:
Teoria da Enunciação, Discurso, Sociedade, Subjetividade.Resumen
Este artigo trata do laço entre a literatura e a linguística enunciativa derivada dos postulados de Émile Benveniste. Com o objetivo de refletir sobre tal relação, propõe considerar a literatura como uma experiência (inter)subjetivante que testemunha a condição humana na linguagem e que se estabelece, desse modo, como um interrogante para o pesquisador enunciativo. Assumindo esse ponto de vista, apresenta, primeiramente, uma retomada dos caminhos pelos quais a interface entre linguística benvenistiana e literatura tem se instaurado; em seguida, recupera alguns princípios da teoria enunciativa, conforme Benveniste, articulando-os a uma noção de literatura como experiência humana, conforme Candido; por fim, constrói uma breve leitura do conto O espelho, de Machado de Assis, considerado como um fato de linguagem que dá a ver princípios que fundamentam a própria linguística enunciativa benvenistiana.
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