Sobre as conjurações que subjazem ao funcionamento aparente do real

Autores/as

  • Daniel M. Laks PUC-Rio

Palabras clave:

complô, romance, mercado, gênero narrativo.

Resumen

RESUMO: O presente trabalho propõe uma leitura da estrutura do romance enquanto gênero narrativo a partir do conceito de complô, conforme postulado por Ricardo Piglia em 2009. Esta conjuração secreta que subjaz ao funcionamento aparente da realidade substitui a noção fatalista de destino da tragédia clássica, introduzindo a política no romance sob a forma de articulações humanas. Para além da função do complô no desenvolvimento da trama narrativa, o ensaio propõe a aproximação da ideia de uma exacerbação extrema das possibilidades de articulação humana com as considerações traçadas por Gilles Lipovetsky sobre as consequências da época do hiperindividualismo. O jogo de associações que configura a estrutura do complô pretende funcionar como uma maneira enviesada, munida do afastamento necessário para desvendar o que a lógica das organizações do sistema liberal esconde, apresentando-se como uma possível ferramenta para investigar as reconfigurações atuais da relação entre literatura e mercado.

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Publicado

2013-10-15

Cómo citar

Laks, D. M. (2013). Sobre as conjurações que subjazem ao funcionamento aparente do real. Letrônica, 6(1), 358–368. Recuperado a partir de https://revistaseletronicas.pucrs.br/letronica/article/view/13306