Jongo
Atlantic crossings and ritual return to Aruanda
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2022.1.40930Keywords:
Sea/boat symbol, Jongo, Brazilian maroon communities, Black imaginary, SlaveryAbstract
The sea and the Atlantic crossing represent spaces for memory, resistance and construction of Afro-descendant identity in the Americas. Based on an ethnographic research on the Afro-Brazilian performance of jongo, the imaginary of the sea present in oral memory, in ritual gestures and in traditional songs is presented. It is observed that the jongo circle itself symbolizes the sea and the traumatic crossing of the enslaved. This movement, associated with death, accompanies the construction of bonds of solidarity capable of forging a cultural identity of political resistance to slavery. Thus, the jongo celebrates the rebirth of the enslaved, after crossing the sea and death, and building the African legacy in traditional “quilombola” communities. Finally, the sea takes on utopian features in a ritual return to the mythical Aruanda, immersed in the prosperity of the Afro-descendant community and in the celebration of the journey of life.
Downloads
References
ALMEIDA, Renato. Tablado Folclórico. São Paulo: Ricordi, 1961. 176 p.
ANDRADE, Mário. O samba rural paulista. Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, São Paulo, n. VXLI, p. 37-116, nov. 1937.
ARAÚJO, Alceu Maynard. Folclore Nacional. Danças, Recreação, Música. São Paulo: Melhoramentos, 1964. v. II, 456 p.
ASSIS JUNIOR, A. Dicionário kimbundu-português: linguístico, botânico, histórico e corográfico. Luanda: Argente, Santos e cia, 1923.
BRAGA, Rubem. Um jongo entre os maratimbas. Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, São Paulo, n. VI, v. 66, p. 77-80, abr. 1940.
COSTA, Rute Ramos da Silva; FONSECA, Alexandre Brasil. O processo educativo do jongo no Quilombo Machadinha: oralidade, saber da experiência e identidade. Educação e Sociedade, Campinas, v.40, p. 1-17, 2019.
CUNHA, João Alípio de Oliveira. A arte do “acolhimento”: novas perspectivas sobre a salvaguarda do jongo. Cadernos do Lepaarq, Pelotas, v. 16, n. 31, p. 163-175, jan./jun. 2019.
JONGO em Cunha + ou – 25 anos atrás. 1 vídeo (26 min). Publicado pelo canal NCV – Variety Channel. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BuLZVPmBUb4. Acesso em: 10 out. 2018.
LUCIO, Cristina Santos. Comunidade Jongo Dito Ribeiro: a resistência em forma de pontos entre permanências e modificações. Revista Faces de Clio, Juiz de Fora, v. 7, n. 13, p. 71-91, jan./ jul. 2021.
MAROUN, Kalyla. Jongo e educação escolar quilombola: diálogos no campo do currículo. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 46 n. 160, p. 484-502, abr./jun. 2016.
MATTOS, Ricardo Mendes. Contribuições para uma história social do jongo em São Luiz do Paraitinga (1916-1992). História e Cultura, Franca, v. 7, n. 1, p. 277-296, jan./jun. 2018.
MATTOS, Ricardo Mendes. Jongo em São Luiz do Paraitinga/Brazil. 1. ed. União Europeia: Novas Edições Acadêmicas, 2019. 240 p.
MELCHERT, Ana Carolina Lopes. O desate criativo: estruturação da personagem a partir do método BPI (Bailarino-Pesquisador-Intérprete). 158 f. 2007. Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007.
MODA de viola – Seu Jorge Faustino. Direção: Chico Abelha. 2016. 1 vídeo (22 min). Publicado pelo canal de Chico Abelha. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BSxrmDb43mg. Acesso em: 9 jan. 2017.
OLIVEIRA, Luana da Silva. Entre o silência e o reconhecimento oficial: o jongo/caxambu em Barra do Piraí. Revista Episteme Transversalis, Volta Redonda, v. 4, n. 2, p. 1-14, 2013.
PIERRE Fatumbi Verger: mensageiro entre dois mundos. Direção: Luiz Buarque de Hollanda. Produção: Gegê Produções. Narração e apresentação: Gilberto Gil. Direção de fotografia: César Charlone. Roteiro: Marcos Bernstein. Trilha sonora: Naná Vasconcelos. Consultoria: Milton Guran. Edição: João Henrique Ribeiro, Vicente Kubrusly. Som: Valéria Ferro. Conspiração Filmes/Gegê Produções/GNT Globosat, 1998. Documentário em 35 mm, 80 min.
RIBEIRO, Maria de Lourdes Borges. A influência da cultura angolense no Vale do Paraíba. Revista Brasileira de Folclore, Brasília, n. 21, p. 155-172, maio/ago. 1968.
RIBEIRO, Maria de Lourdes Borges. O jongo. Revista do Arquivo Municipal, São Paulo, v. 16, n. 216, p. 165-235,1960.
SANTOS, Daiana Nascimento dos. Imaginarios y representaciones en la tradición oral africana y latinoamericana. Acta Literaria, Concepción, n. 42, p. 145-150, 2011.
SANTOS, Daiana Nascimento dos. Los tambores suenan, la voz del pueblo resuena: la representación del negro em la novela contemporábea. Alpha, Osorno (Chile), n. 40, p. 165-174, 2015.
SANTOS, Daiana Nascimento dos. Oceano de fronteiras invisíveis: escravidão, migrações e identidades na literatura. FLIBAV, Vitória, v. 1, p. 5-15, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/flibav/article/view/14035/9896#:~:text=Os%20nexos%20e%20as%20representa%C3%A7%C3%B5es,circula%C3%A7%C3%A3o%20de%20utopias%20na%20atualidade. Acesso em: 9 jan. 2021.
SANTOS, Daiana Nascimento dos. Atlántico negro: el océano em la narrativa de esclavizados. Acta Literaria, Concepción, n. 54, p. 29-50, 2017.
SANTOS, Daiana Nascimento dos. A mala se perdeu no oceano: reflexões sobre a escravidão e migrações na literatura contemporânea. Chasqui, Quito, v. 47, n. 2, p. 73-85, 2018.
SILVA, Evelyn Melo da. Educação popular negra: um estudo da relação da juventude negra com o jongo no Morro da Serrinha. 113 fl. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico-Raciais, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow, Rio de Janeiro, 2019.
SLENES, Robert W. “Eu venho de muito longe, eu venho cavando”: jongueiros cumba na senzala centro-africana. In: LARA, Silvia Hunold; PACHECO, Gustavo. Memória do jongo: as gravações históricas de Stanley J. Stein – Vassouras, 1949. Rio de Janeiro: Folha Seca; Campinas: CECULT, 2007. p. 109-156.
SLENES, Robert W. “Malungu, ngoma vem!”: África coberta e descoberta no Brasil. Revista icUSP, São Paulo, n. 12, p. 48-67, 1992.
SOUZA, Alessandra Santos de. Modos e práticas do Jongo da comunidade do Tamandaré: festejos, espetáculos e resistências. 88 f. Dissertação (Mestrado em Artes) – Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas, Instituto de Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2021.
SOUZA, Arthur Silveira; DUARTE, Jéssica Mafra; OLIVEIRA, Mariana Sigiani; FORTUNA, Nicoly Rocha. A territorialidade e a memória coletiva no Quilombo São José da Serra (RJ). Revista Perspectiva Sociológica, Rio de Janeiro, n. 24, p. 70-75, 2019.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Letrônica
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright
The submission of originals to Letrônica implies the transfer by the authors of the right for publication. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication. If the authors wish to include the same data into another publication, they must cite Letrônica as the site of original publication.
Creative Commons License
Except where otherwise specified, material published in this journal is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International license, which allows unrestricted use, distribution and reproduction in any medium, provided the original publication is correctly cited.