Circulação da escrita de mulheres hispano-americanas no Brasil: uma crítica a partir da história da tradução
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2020.1.35145Palavras-chave:
Literatura de mulheres. Crítica decolonial. História da tradução no Brasil. Literatura hispano-americana em tradução. Circulação de literatura traduzida.Resumo
Apesar da boa recepção da escrita (literária e não literária) de mulheres (décadas de 1930-1940) e também da literatura hispano-americana (especialmente nos e a partir dos anos 1970) no sistema brasileiro, é ainda proporcionalmente pequeno o número de livros de autoria única de mulheres hispano-americanas em tradução publicados e circulantes na história do livro no Brasil. Para demonstrar esse fenômeno e propor algumas possíveis explicações a ele, este artigo busca postulados da crítica decolonial, centrando-se na história colonial do Brasil e nos seus impactos na história das mulheres e, também, da leitura, do livro e da tradução no Brasil. Por fim, e defendendo que as literaturas traduzidas desempenham um importante papel na transformação de repertórios conservadores, esse artigo relaciona algumas traduções recentes de autoras hispano-americanas e aponta alguns “vazios tradutórios”, ou seja, elenca escritoras e obras que, não obstante tenham adquirido fama em seus sistemas literários de origem, não foram postas em circulação pela via da tradução no Brasil.
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