A montagem perversa positiva na revista Nin

Autores

  • Jose Miguel Arias Neto Universidade Estadual de Londrina/Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná http://orcid.org/0000-0002-7247-1296
  • Muriel Emídio Pessoa do Amaral Universidade Estadual Paulista (Unesp/Bauru)

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2018.1.26869

Palavras-chave:

Revista Nin, montagem, perversão

Resumo

A proposta desse artigo é de compreender como o conceito de montagem perversa pode contribuir para oferecer um leque de representações fora do esquadro de conceitos cristalizados. Para isso, esse texto se apropria do discurso e das imagens da revista Nin e aborda como a publicação apresenta elementos perversos para a redefinição de identidades, sexualidade, gênero e desejo, não se limitando apenas em apresentar signos engessados sobre esses assuntos, oferecendo uma condição de montagem perversa positiva.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jose Miguel Arias Neto, Universidade Estadual de Londrina/Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná

Possui graduação em Historia pela Universidade Estadual de Londrina (1986), mestrado em História Social pela Universidade de São Paulo (1993) e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (2001). Realizou estágio pós doutoral em Estudos Estratégicos na Universidade Federal Fluminense ( 2011) e no Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas UNESP/USP/PUC-SP( 2015). É professor associado de História Contemporânea no curso de Graduação em História e Docente do Programa de Pós-Graduação ( Mestrado) em História Social da Universidade Estadual de Londrina e do Programa de Pós-Graduação em História e Regiões da Universidade do Centro-Oeste do Paraná - UNICENTRO. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Império,História Moderna e Contemporânea

Muriel Emídio Pessoa do Amaral, Universidade Estadual Paulista (Unesp/Bauru)

Doutorando bolsista pela Capes em Comunicação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp/Bauru), mestre pela mesma instituição. Foi professor da Universidade Norte do Paraná nos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Desenho Industrial (modalidade virtual).

Referências

AMARAL, Muriel Emídio Pessoa. As representações de perversões e estereótipos no filme “Macho, fêmea e cia – a vida erótica de Caim e Abel”. In: BERTOLLI FILHO, Claudio; AMARAL, M.E.P. (orgs.). Pornochanchando: em nome da moral, do deboche e do prazer. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2016. p. 121-138.

BUTLER, Judith. Problema de gênero: feminismo e subversão de identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

COLASSANTI, Alice. Aleta Valente, a boca do novo mundo. Nin, Rio de Janeiro, ed. 2, ano 1, p. 62-65, 2015.

DOR, Jöel. Estrutura e perversão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

DUFOR, Dany R. A cidade perversa: liberalismo e pornografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.

FERRAZ, Flávio C. Perversão. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.

FOUCAULT, Michel. A história da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.

FREUD, Sigmund. Um caso de histeria: três ensaios sobre sexualidade e outros trabalhos. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

______. Neurose, psicose, perversão. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.

GICOVATE, Letícia. @ex_miss_febem é Aleta Valente Bangu. Nin, Rio de Janeiro, ed. 2, ano 1, p. 62-65, 2015.

DELEUZE, Gilles; GUATARRI, Fêlix. Mil platôs. In: Capitalismo e Esquizofrenia. v.1. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2010.

LANTERI-LAURA, Georges. Leitura das perversões. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.

MATTA, João da. Erotismo, sensualidade & sexualidade como potências da vida. Nin, ed. 1, ano 1, p. 65-67, 2015.

MISKOLCI, Richard. A teoria queer e a sociologia: o desafio de uma analítica da normalização. Revista Sociologias, Porto Alegre, v. 21, n. 1, p. 150-188, 2009.

PIRES, Andréa Lucena de Souza; e outros. Perversão- estrutura ou montagem? Revista Reverso, Belo Horizonte, v. 26, n. 51, p. 43-50, 2004.

QUINET, Antonio. Édipo ao pé da letra: fragmentos de tragédia e psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 2015.

PRECIADO, Beatriz. Manifesto contrassexual. São Paulo: n-1 edições, 2014.

RIBEIRO, Anderson Francisco; SOUZA, Antônio Carlos. O lugar da pornografia na sociedade brasileira: as guerras públicas e o direito ao erótico (1964-1985). Revista História & Perspectivas, Uberlândia, v. 29, n. 55, p. 373-400, 2016.

ROUDINESCO, Elisabeth. A parte obscura de nós mesmos: uma história dos perversos. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

SAFATLE, Vladimir. Fetichismo: colonizar o outro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, 1995.

SIBILIA, Paula. O bisturi de software: como fazer um “corpo belo” virtualizando a carne impura? In: ARAUJO, Denise Correa (org.). Imagem (Ir) realidade: comunicação e hipermídia. Porto Alegre: Sulina, 2006. p. 271-289.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

SIBONY, Daniel. Perversion: dialogues surdes folies “actuelles”. Paris: Édittions Grasset & Fasquelle, 1987.

SZPACENKOPF, Maria Izabel de Oliveira. O olhar do poder: a montagem branca e a violência no espetáculo telejornal. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

Downloads

Publicado

2018-01-02

Como Citar

Arias Neto, J. M., & Amaral, M. E. P. do. (2018). A montagem perversa positiva na revista Nin. Revista FAMECOS, 25(1), ID26869. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2018.1.26869

Edição

Seção

Mídia e Cultura

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)