Os destinos da Nova Lusitânia e a metaficção historiográfica

Autores

  • Manuel Ferro Universidade de Coimbra

Palavras-chave:

Pernambuco, Duarte Coelho, Romance histórico, Pós-Modernismo

Resumo

O romance histórico intitulado Nova Lusitânia, de Aydano Roriz, narra a história de Duarte Coelho, o bravo capitão português que fundou a Colónia de Pernambuco. Apesar de se tratar de uma figura real e o acontecimento central, um facto histórico, o autor teve o mérito de ter sabido reconfigurar o ambiente da época de viagens marítimas e de descobertas de novas terras numa narrativa ficcional arrebatadora. Apesar disso, é possível estabelecer relações intertextuais com obras literárias ou historiográficas anteriores que tratam dos mesmos acontecimentos e, por essa razão, a epopeia Prosopopeia, de Bento Teixeira, a História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil, de Pêro de Magalhães Gândavo, e o tratado de História chamado Nova Lusitânia, de Francisco de Brito Freire são aqui mencionados, com o fim explícito de servirem de suporte à tese de que o romance pós-moderno é um produto compósito, em que é possível identificar traços que pertencem a romances de aventura, ao poema épico e à retórica política do tempo, levando o leitor a meditar sobre a evolução do processo histórico.

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Como Citar

Ferro, M. (2012). Os destinos da Nova Lusitânia e a metaficção historiográfica. Navegações, 5(1), 6–15. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/navegacoes/article/view/11061

Edição

Seção

Ensaios