Práxis política dos pescadores da colônia Z-16 como resistência aos efeitos da hidrelétrica de Tucuruí

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-864X.2022.1.42440

Palavras-chave:

Hidrelétrica de Tucuruí, Práxis política, Direito de viver

Resumo

Analisam-se aqui os efeitos da Hidrelétrica de Tucuruí na vida dos pescadores da colônia Z-16 do município de Cametá (Pará). Pautamo-nos no materialismo histórico-dialético, com apoio da abordagem qualitativa. Os instrumentos de coleta de dados seguiram os moldes da entrevista semiestruturada. As análises dos dados atenderam a recomendações das análises de conteúdo. A vida dos sujeitos pesquisados sofre graves consequências, com destaque para as dificuldades de produzir alimentação a partir do pescado, assim como a perda da identidade dos pescadores devido a alterações nos contextos socioeconômico, político, cultural e ambiental. A práxis política dos pescadores possibilita conquistar seus direitos contra as ideologias do capital na região do baixo Tocantins. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Egídio Martins, Universidade Federal do Pará (UFPA), Cametá, PA, Brasil.

Doutor em Educação pela Universidade Federal do Pará (2017), Mestre em Educação (UFPA-2011). Graduado em Pedagogia (UFPA-2005), Especialista em Gestão do Trabalho Pedagógico: Supervisão e orientação escolar, pela Faculdade Internacional de Curitiba (FACINTER-2007). Professor Adjunto IV da Universidade Federal do Pará, Campus Universitário do Tocantins/Cametá. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho e Educação (GEPTE). Diretor da Faculdade de Educação da UFPA/Cametá. Docente do Programa de Pós-Graduação em Currículo e Gestão da Escola Básica (PPEB/ICED/UFPA) e do programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC - Campus de Cametá/UFPA). 

Referências

ANDRÉ, M. E. D. A. Etnografia da prática escolar. 7. ed. Campinas: Papirus, 1995.

ANDRÉ, M. E. D. A.; LÜDKE, Menga. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2009.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 12. ed. São Paulo: HUCITEC, 2006.

BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria aos métodos. Porto, Portugal: Porto Editora, 1994.

CHAUÍ, M. O que é ideologia? São Paulo: Brasiliense, 1980.

COSTA, G. S. Desenvolvimento rural sustentável com base no paradigma da agroecologia. Belém: UFPA: NAEA, 2006.

FEARNSIDE, P. M. Hidrelétricas na Amazônia: impactos ambientais e sociais na tomada de decisões sobre grandes obras. Manaus: INPA, 2015.

FRANCO, M. L. P. B.. Análise de conteúdo. 4. ed. Brasília: Liber Livro, 2008.

GOHN, M. da G. Movimentos sociais e educação. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2012.

GRZYBOWSKI, C. Caminhos e descaminhos dos movimentos sociais no campo. Petrópolis: Vozes, 1987.

LEFEBVRE, H. Lógica formal e lógica dialética. 5. ed. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991.

LUKÁCS, G. Para uma ontologia do ser social II. São Paulo: Boitempo, 2013.

MARX, K.; ENGELS F. Manifesto do Partido Comunista. 1. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2008.

MARX, K.; ENGELS F. A ideologia alemã. 1. ed. São Paulo: Expressão popular, 2009.

MARTINS, E. Negação do saber sistematizado aos pescadores da Colônia Z-16: luta e esperança. Revista Trabalho Necessário, [S. l.], v. 19, n. 40, set./dez. 2021.

MARTINS, E. et al. (org). Trabalho, saber e práxis de resistência dos trabalhadores. 1. ed. In: RODRIGUES, A. A.; MARTINS, E. A construção de saberes a partir do trabalho dos pescadores artesanais da Z-16. Curitiba: Appris, 2021. p. 9-120.

RODRIGUES, D. S. Saberes sociais e luta de classe: um estudo a partir da Colônia de Pescadores Artesanais Z-16 – Cametá/Pará. 2012. 337 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Instituto de Ciências da Educação, Universidade Federal do Pará, Belém, 2012.

RODRIGUES, A. A.; MARTINS, E.; ARAUJO, R. M. de L. A Práxis Produtiva nas Relações de Produção-Formação dos Pescadores da Colônia Z-16 de Cametá-PA. Trabalho & Educação, [S. l.], v. 28, n. 2, p. 131-143, maio/ago. 2019.

SALOMON, D. V. A maravilhosa incerteza: ensaio de metodologia dialética sobre a problematização no processo de pensar, pesquisar e ensinar. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

SUCHOLDOLSKI, B. Teoría marxista de la educación. México: Grijalbo, 1966.

THOMPSON, E. P. A miséria da teoria ou um planetário de erros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.

THOMPSON, E. P. A formação da classe operária inglesa. A árvore da liberdade. Tradução de Denise Bottmann. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011. v. 1.

VÁZQUES, A. S. Filosofia da práxis. 2. ed. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciências Sociais – CLACSO; São Paulo: Expressão Popular, 2011.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Tradução de Daniel Grassi. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

Downloads

Publicado

2022-11-17

Como Citar

Martins, E. (2022). Práxis política dos pescadores da colônia Z-16 como resistência aos efeitos da hidrelétrica de Tucuruí. Estudos Ibero-Americanos, 48(1). https://doi.org/10.15448/1980-864X.2022.1.42440

Edição

Seção

Dossiê: Questões atuais de Direitos Humanos na Amazônia