The power of the words: relations of alterity within the Brazilian people, between whiteness and negritude

Authors

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2018.s.30903

Keywords:

Blackness, Otherness, Power relations, Discrimination, Word.

Abstract

The present article deals with the way in which, in Brazilian society, the relations of alterities are translated in the current discourse of the present day, with respect to race relations. These discourses reveal not only the existence of a deeply rooted theoretical base, but also a lack of awareness of the concrete reality of racial discrimination in Brazil, and the persistence of the idea that Brazilian society is not racist. The qualitative analysis developed, part of the vision of Brazilian Afrodescendants, studied through a questionnaire googledoc, treated by the Iramuteq Program and based on the theories of Bakhtin’s circle, in dialogue with Bourdieu. The study points out in what way language influences personal relationships, especially how the word and its values potentiate the tensions experienced between groups increasingly antagonistic.

Downloads

Download data is not yet available.

References

AMOSSY, Ruth. Apologia da polêmica. São Paulo: Contexto, 2017.

AMOSSY, Ruth; PIERROT, Anne H. Stéréotypes et clichés. Paris: Armand Colin, 2015.

BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. Organização, tradução, posfácio e notas de Paulo Bezerra. Notas da edição russa de Serguei Botcharov. Rio de Janeiro: Editora 34, 2016.

BAKHTIN, Mikhail. Palavra própria e palavra outra na sintaxe da enunciação. São Carlos: Pedro & João Editores, 2011.

BAKHTIN, Mikhail. O autor e a personagem na atividade estética. In: Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BAKHTIN, Mikhail. [VOLOCHINOV] (Círculo de Bakhtin). (1929). Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem Trad. Michel Lahud e Yara Vieira. São Paulo: Editora Hucitec, 2017.

http://hugoribeiro.com.br/biblioteca-digital/Bakhtin-Marxismo_filosofia_linguagem.pdf (2016, 12. ed.).

BORGES, Pedro; NETO, Solon. Como a linguagem reforça o racismo no Brasil? Agência temática Alma Preta, 2017. Disponível em: https://almapreta.com/editorias/realidade/como-a-linguagem-reforca-o-racismo-no-brasil. Acesso em 20 fev. 2018.

BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas linguísticas. São Paulo: Edusp, 2008.

BOURDIEU, Pierre. Langage et pouvoir symbolique. Paris: Seuil, 2002.

BOURDIEU, Pierre. Ce que parler veut dire. Paris: Fayard, 1982. https://edc.revues.org/3326

CHARAUDEAU, Patrick. Conversas com o Professor Patrick Charaudeau. 22 março de 2017.

CHARAUDEAU, Patrick. A conquista da opinião pública: como o discurso manipula as escolhas políticas. Trad. Angela M. S. Corrêa. São Paulo: Contexto, 2016.

DAMATTA Roberto. Carnavais, malandros e heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.

DAMATTA Roberto. Relativizando. Uma teoria da antropologia social. Rio de Janeiro: Rocco, 1987.

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora da USP, 2007.

FIORIN José Luiz. Argumentação. São Paulo: Contexto, 2017.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Paz e terra, Record, 2014.

FOUCAULT, Michel. Genealogia del racismo. Madrid: Ediciones de la Piqueta, 1992.

GIRARDI JR., Liráucio. Pierre Bourdieu: mercados linguísticos e poder simbólico. Revista Famecos, PUCRS, v. 24, n. 3, 2017.

GOFFMANN, Erwing. (1963). Estigma – Notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro: LTC, 1981.

GUERREIRO Ramos, Alberto. Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1995.

HALL, Stuart. Race, articulation and societies structured in dominance. Paris: UNESCO, 2013.

HALL, Stuart. Stereotyping as a Signifying Practice from Representation: Cultural Representations and Signifying Practices. London, Thousand Oaks: Sage Publications, Inc., 1997.

LANDES, Ruth. The City of Women. Albuquerque: University of New Mexico Press, 1994.

LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e História. In: Antropologia Estrutural II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro. 1976. Cap. XVIII, p. 328-366.

LOPES, Fernando. Experiências desiguais ao nascer, viver, adoecer e morrer: tópicos em saúde da população negra no Brasil. Brasília: FUNASA, 2005.

MAINGUENEAU, Dominique. Discurso e análise do discurso. Trad. Sírio Possenti. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.

MOURA, Clóvis. Os dilemas da negritude. In: Brasil: as raízes do protesto negro. São Paulo: Global Ed., 1983.

MUNANGA, Kabengele. Algumas considerações sobre raça, ação afirmativa e identidade negra no Brasil. Revista USP, São Paulo, 2005-2006.

MUNANGA, Kabengele. Negritude afro-brasileira: perspectivas e dificuldades. Revista de Antropologia, USP, p. 109-117, 1990.

ORLANDI, Eni. Silêncios: presença e ausência. Com Ciência – Revista de Jornalismo Científico, 2008.

ORLANDI, Eni. Interpretação: autoria, leitura e efeitos do trabalho simbólico. Petrópolis: Vozes, 1996.

PALMARES, Fundação Cultural. Quilombos ainda existem no Brasil. Disponível em:

http://www.palmares.gov.br/archives/3041. Acesso em: 21 fev. 2018.

PEREIRA, Cícero; TORRES, Ana Raquel Rosas; ALMEIDA, Saulo Teles. Um estudo do preconceito na perspectiva das representações sociais: análise da influência de um discurso justificador da discriminação no preconceito racial. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 16, n. 1, p. 95-107, 2003.

PIRES, Vera. Dialogismo e alteridade ou a teoria da enunciação em Bakhtin. Organon, UFRGS, v. 16, n. 32-33, 2002.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Ed. Letramento, Justificando, 2017.

RIBEIRO, Goulart Ana Paula; SACRAMENTO Igor (Org.). Mikhail Bakhtin: linguagem, cultura e mídia. São Carlos: Pedro e João Editores, 2010.

SARTRE, Jean Paul. Critique de la raison dialectique. Paris: Gallimard, 1960.

SCHUCMANN, Lia. Sim, nós somos racistas. Estudo psicossocial da branquitude paulista. Psicologia & Sociedade, v. 26, n. 1, p. 83-94, 2014.

SCHUCMANN, Lia. Entre o encardido, o branco e o branquíssimo: raça e poder na hierarquia da branquitude paulistana. Tese (Doutorado em Psicologia Social) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.

SOUZA, Jessé. A ralé brasileira: quem é e como vive. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2016.

SOUZA, Neusa. Torna-se negro ou As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Ed. Graal, 1983.

SOVIK, Liv. Aqui ninguém é branco. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2009.

TAGUIEFF, Pierre-André. Dictionnaire historique et critique du racisme. Paris: PUF, 2013.

TELLES, Edward Eric. Racismo à brasileira: uma nova perspectiva sociológica. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003.

Published

2018-10-19

How to Cite

Feré, L. (2018). The power of the words: relations of alterity within the Brazilian people, between whiteness and negritude. Letrônica, 11(3), s83-s99. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2018.s.30903