Ser criança indígena terena no espaço da cidade: cultura, escola e brincadeira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1981-2582.2020.1.31080

Palavras-chave:

criança indígena, cidade, escola, brincadeiras

Resumo

Com o objetivo de apresentar as crianças indígenas Terena de duas aldeias indígenas urbanas da cidade de Campo Grande/MS, mostrando os lugares por onde circulam, as culturas que produzem e ressignificam, as brincadeiras que realizam, os conflitos e as tensões no espaço urbano (aldeias urbanas e escola), o artigo que parte das experiências de pesquisas dos autores, elabora reflexões em uma temática que ainda desperta pouco interesse, apesar de nos últimos anos se verificar um crescimento tímido sobre produções desse outro espaço de vivência de criança indígenas. Nesse sentido, o estudo que está marcado pelo pensamento de autores que se situam na convergência entre os estudos da Antropologia da Criança, das teorias pós-coloniais e dos estudos de Cultura, pretende criar visibilidade para futuros debates envolvendo uma temática, ainda vista como marginalizada, subordinada e silenciada no espaço da academia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carlos Magno Naglis Vieira, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande, MS

Doutor em Educação pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB, Campo Grande, MS, Brasil), professor da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) em Campo Grande, MS, Brasil.

Adir Casaro Nascimento, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande, MS

Doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP, Marília, SP, Brasil), professora da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) em Campo Grande, MS, Brasil.

Referências

Albuquerque, Marcos Alexandre dos Santos. (2011). O regime imagético Pankararu: tradução intercultural na cidade de São Paulo. Tese (Doutorado em Antropologia). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

Baumann, Zygmunt. (1998). O mal estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Baumann, Zygmunt. (2004). Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

Bhabha, Homi K. (1998). O local da cultura. Belo Horizonte: Editora da UFMG.

Cardoso De Oliveira, Roberto. (1968). Urbanização e tribalismo: a integração dos índios Terena numa sociedade de classe. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Castro-Gómez, Santiago. (2005). Ciências sociais, violência epistêmica e o problema da “invenção do outro”. In Lander, Edgardo (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas (pp. 169-186). Colección Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina.

Cavalcante, Thiago Leandro Vieira. (2013). Colonialismo, território e territorialidade: a luta pela terra dos Guarani e Kaiowá em Mato Grosso do Sul. Tese (Doutorado em História). Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Assis. https://doi.org/10.4025/6cih.pphuem.244.

Cohn, Clarice. (2005). Antropologia da criança. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.

Espíndola, Micheli Aline Jorge. (2013). Jovens Terena na cidade de Campo Grande (MS): política e geração. Dissertação (Mestrado em Antropologia). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.

Hall, Stuart. (2004). A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A.

Kramer, S. (2010). Infância, educação e crítica da cultura em Walter Benjamin. In Garcia, Regina Leite (Org.). Diálogos cotidianos (pp. 187-194). Petrópolis/ RJ, Rio de Janeiro: DP et alii/ FAPERJ, 2010. v. 1.

Landa, Beatriz dos Santos. (2011) Crianças Guarani: atividades, uso do espaço a formação do registro arqueológico. In Nascimento, Adir Casaro; Urquiza, Antônio Hilário Aguilera, & Vieira, Carlos Naglis (Org.). Criança indígena: diversidade cultural, educação e representações sociais (pp. 45-74). Brasília, DF: Liber Livros.

Lopes da Silva, A., Macedo, A. V. L. da Silva, & Nunes, A. (Orgs.). (2002). Crianças indígenas: ensaios antropológicos. São Paulo: Global.

Melo, Juliana. (2009). Identidades fluidas: ser e perceber-se como Baré (Aruak) na Manaus Contemporânea. Tese (Doutorado em Antropologia Social). Universidade de Brasília, Brasília, DF.

Nascimento, Adir Casaro, Aguilera Urquiza, Antônio Hilário, & Vieira, Carlos Magno Naglis. (2011). A cosmovisão e a representação das crianças indígenas Kaiowá e Guarani: o antes e depois da escolarização In Criança indígena: diversidade cultural, educação e representações sociais (pp. 21-44). Brasília, DF: Liber.

Oliveira, Assis da Costa (2014). Indígenas crianças, crianças indígenas: perspectivas para construção da doutrina da proteção plural. Curitiba: Juruá.

Pereira, Levi Marques (2011). Socialização da criança kaiowá e guarani: formas de socialidade internas às comunidades e transformações históricas recentes no ambiente de vida. In Nascimento, Adir Casaro, Aguilera Urquiza, Antônio Hilário, & Vieira, Carlos Magno Naglis (Org.). Criança indígena: diversidade cultural, educação e representações sociais. (pp. 75- 112). Brasília, DF: Liber.

Santos, Vanúbia Sampaio dos (2014). Expressões identitárias no espaço escolar: um estudo com estudantes indígenas de escolas públicas urbanas de Ji-Paraná, Rondônia. 2014. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá.

Skliar, Carlos (2003). Pedagogia (improvável) da diferença: se o outro não estivesse aí? Rio de Janeiro: D&A.

Silva, A. L., Macedo, A. V., & Nunes, A (2002). Crianças indígenas, ensaios antropológicos. São Paulo: MARI/FAPESP/Global.

Silva, Tomás Tadeu da, Hall, Stuart, & Woodward, Kathryn (Org.) (2000). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. (3. ed). Petrópolis: Vozes.

Silva, Zilmar Lima da Silva (2015). Território e territorialidades indígenas na cidade de Manaus. In Gestão do conhecimento e território indígenas: por uma geografia participante. Manaus: Reggo Edições.

Sobrinho, Roberto Sanches Mubarac (2009). Vozes infantis: as culturas das crianças Sateré-Mawé como elementos de (dês) encontros com as culturas da escola. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

Tassinari, A. M. I. (2007) Concepções indígenas de infância no Brasil. Revista Tellus, ano 07, 13, 11-25.

Tassinari, A. M. I., & Grando, Beleni Saléte; Albuquerque, Marcos Alexandre dos Santos (Org.). (2012). Educação indígena: reflexões sobre as noções nativas de infância, aprendizagem e escolarização. Florianópolis: Editora UFSC.

Vieira, Carlos Magno Naglis. (2015) A criança indígena no espaço escolar de Campo Grande/MS: identidade e diferença. 2015. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande.

Woodward, Kathryn. (2000) Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In Silva, Tomaz Tadeu da (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais (pp. 7-72). Petrópolis: Vozes.

Zoia, Alceu, & PeripollI, Odimar J. (2010, junho/ dezembro). Infância indígenas e outras infâncias. Espaço Ameríndio, 04, 01-16. https://doi.org/10.22456/1982-6524.12647.

Downloads

Publicado

2020-05-25

Como Citar

Naglis Vieira, C. M., & Casaro Nascimento, A. (2020). Ser criança indígena terena no espaço da cidade: cultura, escola e brincadeira. Educação, 43(1), e31080. https://doi.org/10.15448/1981-2582.2020.1.31080

Edição

Seção

Outros Temas