Bullying nas escolas: a metodologia dos círculos restaurativos

Autores

  • Andréia Mendes dos Santos Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Patricia Krieger Grossi Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Patricia Teresinha Scherer Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1981-2582.2014.2.14495

Palavras-chave:

Bullying. Círculos restaurativos. Violência. Escolas.

Resumo

O bullying é uma forma de violência (verbal, física, material, psicológica, moral, sexual ou virtual), de forma intencional e repetida. Esta pesquisa qualitativa foi realizada em quatro escolas de Porto Alegre/RS através de grupos focais com 64 alunos na faixa etária de 9 a 17 anos e entrevistas com 10 profissionais das escolas. O objetivo foi investigar as manifestações do bullying e a efetividade dos círculos restaurativos. Esses são encontros dialógicos entre agressor e vítima, mediados por um coordenador. Visa expressar os motivos subjacentes ao conflito e elaborar acordos. Os resultados evidenciam satisfação em relação aos círculos restaurativos, porém tal prática pode ser paliativa ou punitiva quando o acordo é imposto.

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Biografia do Autor

Andréia Mendes dos Santos, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, RS, Brasil) e Professora na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Patricia Krieger Grossi, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Doutora em Serviço Social pela Universidade de Toronto (Toronto, Canadá) e Professora na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, RS, Brasil).

Patricia Teresinha Scherer, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Doutoranda em Serviço Social na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, RS, Brasil).

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Publicado

2014-08-11

Como Citar

dos Santos, A. M., Grossi, P. K., & Scherer, P. T. (2014). Bullying nas escolas: a metodologia dos círculos restaurativos. Educação, 37(2), 278–287. https://doi.org/10.15448/1981-2582.2014.2.14495

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