A escola deveria educar para a vida

Como a educação se torna reprodução, instrumento de uma nova colonização

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/2178-5694.2022.1.41973

Palavras-chave:

Colonização do ser/saber, Reprodução do saber/poder, Educação, Pensamento decolonial/Descolonização

Resumo

Muitos instrumentos, epistemológicos, políticos, ideológicos etc., são usados para a perpetuação do poder de determinados estratos sociais. Qual seria o papel da educação formal na manutenção de posições sociais privilegiadas? Tentaremos responder a questões como essa a partir de uma análise crítica da tese sociológica de Bourdieu (1975, 1997) assim como de propostas decoloniais teorizadas por Quijano (2005) e Mignolo (2008, 2020). As propostas decoloniais, para superação de atividades que escravizam modos de ser/pensar, podem ser assim sintetizadas: todo discurso ou atividade que se proponha a contrapelo de métodos antigos ou reestruturados de controle da subjetividade. Este controle se processa pela manipulação do conhecimento, pelo condicionamento de comportamentos, pela apropriação autocrática de processos de produção e consumo de bens materiais e intelectuais etc. 

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Biografia do Autor

Danillo Macedo Lima Batista, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil.

Mestre em Letras e Linguística (Área de Concentração: Estudos Literários) pela Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiás, GO, Brasil; doutorando em Letras e Linguística (Área de Concentração: Estudos Linguísticos) pela Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiás, GO, Brasil. Professor efetivo da Educação Básica pelo município de Edéia, GO, Brasil. 

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Publicado

2022-10-19

Como Citar

Batista, D. M. L. (2022). A escola deveria educar para a vida: Como a educação se torna reprodução, instrumento de uma nova colonização. Conversas & Controvérsias, 9(1), e41973. https://doi.org/10.15448/2178-5694.2022.1.41973

Edição

Seção

Dossiê – Sociologia das elites políticas