A evolução da vinicultura em Arequipa, 1550-1800: um aspecto da agricultura colonial
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-864X.1980.1.30753Resumen
Apesar de ser proibida por ordem real, a vinicultura começou a desenvolver-se logo depois da conquista do Peru. Os ritos religiosos e o consumo geral na colônia compunham um mercado que a Espanha não podia suprir, e, portanto, o vice-reinado torunou a produzir vinho por si mesmo. A região em redor de Arequipa, no sul do Peru, foi a primeira que enfatizou a vinicultura, e de fato, no fim do século XVI, a economia arequipense já dependia da exportação de vinho a Lima e aos centos mineiros no Altiplano boliviano. No entanto, a introdução de videiras em regiões mais perto próximas a de Lima, na zona de Ica e Pisco, resultou na perda, para Arequipa, do mercado de Lima, no começo de 1600, facilita por dois terremotos (1600 e 1604) que prejudicam as videiras arequipenses e resultaram em uma escassez de trabalhadores causa pelo declinio da mão-de-ibra indígena.
Limitado ao mercado mineiro, a vinicultura arequipense sofreu uma crise que durou até o século XVIII. Certamente, a >>depressão do século XVII<< foi a realidade para Arequipa.
Vinicultores conseguiriam sobrepujar a depressão quando, finalmente, tornaram a destilar aguardente dos vinhos excedentes, no começo do século XVIII. Dados levantados dos documentos referentes ao dizimo eclesiástico mostram que a produção das videiras expandiu muito entre 1700 e 1770, com os vinicultores convertendo cada vez mais vinhos em aguardente. O processo de expansão foi facilitado também pelo aumento na população que permitiu aos vinicultores a substituição de seus escravos negros por peões livres temporários.
Durante as últimas três décadas de 1700, a expansão vinicola se estagnou. A superprodução baixou os preços do vinho e da aguardente no mercado, diminuindo os lucros do vinicultores. O governo real também prejudicou a industria com a imposição do >novo imposto sobre aguardente<, uma taxa de 12,5% do valor da aguardente. As guerras de independência deram o último golpe à vinicultura arequipense, interrempendo o cultivo e o comércio com o Altiplano.
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