“No tiene información”: mulatos, pardos y negros en la Universidad de Coimbra (1700-1771)
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-864X.2018.3.29575Palabras clave:
gente libre de color, estudiantes de color, Universidad de Coimbra.Resumen
En el siglo XVIII no había en los estatutos de la Universidad de Coimbra ningún impedimiento para la entrada de personas de color en su cuerpo de estudiantes. Descendientes de africanos – notadamente pardos e mulatos – frecuentaron y dejaron registros de su presencia las facultades de Leys, de Medicina y Teología. La identificación del color, sin embargo, no es inmediata y ni siempre posible. En realidad, los indicativos y evidencias del color de los estudiantes aparecen en los registros de exámenes finales de los cursos, pruebas que también habilitaban para el acceso a los prestigiosos cargos de magistratura, en el caso de las facultades de leys, y al doctorado. Pero para algunos estudiantes, no se ha registrado ninguna nota. En vez de eso, hay una observación, al lado del nombre, afirmando que “no hay informaciones”. Cuando logre obtener información sobre los estudiantes cuyo “desempeño” fue descrito de esa manera, la mayoría eran hombres de color. Así, al acompañar la trayectoria académica de algunos estudiantes, es posible reconocer los argumentos que sostienen el ascenso académico de los hombres de color y, al mismo tiempo, reconocer los que sostienen las restricciones impuestas a este grupo para el acceso a los grados académicos más elevados. De modo más amplio, las mismas historias revelan la complejidad y sutileza de los marcadores pautados en el origen, color de la piel y características físicas, que en convivencia y reinterpretados a la luz de las jerarquías del Antiguo Régimen, pasaron a pesar cada vez más en la definición de lugares y estatutos sociales. Este artículo pretende contribuir al debate historiográfico acima expuesto.
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