Aislados e isleños: indígenismo y conflicto en la Tierra Indígena Vale do Javari, Amazonía
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-864X.2017.1.24482Palabras clave:
indígenas aislados, reciente contacto, Matis, Korubo, Tierra Indígena Vale do JavariResumen
En este artículo pretendemos mostrar como un cierto ideal de indio permea las utopías indigenistas del Estado brasileño y como la política de aislamiento, influenciada por esos ideales, presenta sus idiosincrasias y contradicciones. Presentamos un estudio sobre los conflictos recientes en la Terra Indígena Vale do Javari (AM) que llevaron a la muerte violenta de indios Korubo y Matis, considerados por el gobierno como “aislados” y de “reciente contacto”, respectivamente. Analizamos la historia del conflicto a partir de las narrativas indigenistas y de las indígenas. Observamos las maneras en que los trabajadores de la FUNAI procuran ignorar y negar el derecho a la autodeterminación indígena y como procuran obliterar el papel y la presencia del Estado en las relaciones interétnicas en la región. Concluimos que un posible diálogo parece ser el primer paso para poner fin a una política de “indios ignorados”. El ideal de aislamiento no se puede anteponer a la autodeterminación de los pueblos indígenas. Tal concepto es fragilmente sostenido en una idea romántica y contradictoria de indígenas que viven totalmente al margen de procesos históricos, como si no sufrieran las presiones del viejo (neo)desarrollismo promovido por el Estado y por la presencia de frentes expansionistas como las madereras, constructoras de presas o petroleras.
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