Cabo Verde y las cuatro décadas de la independencia: disonancias, multiplicidad de discursos, reverberaciones y luchas por la imposición de un sentido a su historia reciente
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-864X.2016.3.22888Palabras clave:
Cabo Verde y las cuatro décadas de la independencia, disonancias, multiplicidad de discursos, reverberaciones y luchas por la imposición de un sentido a su historia recienteResumen
Los cuarenta años de la independencia de Cabo Verde, celebrados en 5 de julio de 2015, presentaron conmemoraciones oficiales disonantes, con alguna tensión entre el Gobierno y la Presidencia de la Republica. Esta tensión no es más que la expresión de un momento preciso y con protagonistas especiales de un proceso sinuoso y tenso, visto, vivido e interpretado de formas diversas, sea en función de contextos y coyunturas histórico-políticas concretas, sea de la presencia de actores particulares (institucionales o no) productores y/o promotores de las narrativas que buscan inscribir en la memoria histórica nacional los sentidos y los significados del acto (independencia); y del proceso (construcción del Estado) que le siguió. El presente texto busca, por un lado, aprender y visibilizar a los actores, las narrativas, las disputas y los silencios que marcaron estas cortas y rápidas cuatro décadas de independencia, así como sus conquistas y, de otro lado, descubrir las tensiones, las vicisitudes y los retrocesos que han marcado la visión y los discursos sobre la independencia y sus eventuales conquistas, haciendo emerger las visiones de mundo que sustentan tales visiones y discursos. Se pretende explicar que las contradicciones entre los proyectos de sociedad presentes en la sociedad caboverdiana entre mayo de 1974 y junio de 1975, de forma recurrente y sinuosa, van a marcar a toda la historia reciente de Cabo Verde, potenciada, contextualmente, por los interdictos derivados de diversas inserciones, nuancées y hasta contrastantes, en el dominio de la integración internacional del país.
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