Mundus imaginalis na poesia de Cecília Meireles
Palabras clave:
Cecília Meireles, Mundus imaginalis, Centro, SímbolosResumen
Já nos primeiros livros de Cecília Meireles, é possível identificar, em alguns poemas, a alusão periódica a um “Centro” (axi mundi), um lugar intermediário, temporariamente alcançado pelo Eu-lírico, o qual concentra em si a plenitude e a energia da fonte da Vida, permitindo a intuição do Inteligível ou Absoluto. Esse ponto de intersecção é chamado, por Henry Corbin, de mundus imaginalis, valendo-se do latim para traduzir a expressão árabe do sufista andaluz Ibn Arabî. Esse mundo intermediário – das Ideias-imagens, das Figuras-arquétipos, dos corpos sutis, da “matéria imaterial” – situar-se-ia entre o universo apreensível pela pura percepção intelectual (o universo das inteligências querubínicas) e o universo perceptível pelos sentidos. Os poemas “Medida da significação”, do livro Viagem (1939), e “O enorme vestíbulo”, de Retrato natural (1949), ilustram essa figuração na poesia ceciliana, presente até, e sobretudo, no seu último livro: Solombra (1963).Descargas
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