Guimarães Rosa, paisajes espirituales latinoamericanos y “omelet ecuménico”
ayahuasca y trance mediúmnico en “Fita verde no cabelo” (1964)
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7726.2024.1.45723Palabras clave:
omelette ecuménico, ayahuasca, Guimarães Rosa, fita verde no cabeloResumen
El presente ejercicio de prospección de posibles oikos futuros, asentados en la intersección entre poesía y las así llamadas “plantas de fuerza”, dedicase al análisis del campo léxico de la espiritualidad que emerge en Fita verde no cabelo, breve relato publicado por Guimarães Rosa en el suplemento literario del periódico O Estado de São Paulo, el 8 de febrero de 1964, bajo factura de inocente versión adulta y transcultural de “Caperucita Roja”. A partir de la declaración del autor de que toda su obra está destinada a la preparación de un “omelette ecuménico”, se examina la hipótesis de que este breve relato pone en escena el ritual votivo de la ayahuasca, una preparación enteógena de origen amazónico que, según indica la etimología quechua del término, tendría el poder de conectar a los comulgantes con el espíritu de sus antepasados (“aya” significa “espíritu” o “ancestro”, mientras que “huasca” significa “vínculo” o “conexión”). Para llegar a nuestro reto, se prospectan estudios científicos, testimonios de chamanes y relatos de casos sobre comuniones espirituales, en los que se afirma que la ayahuasca promueve la expansión de la conciencia y el alcance de experiencias extáticas de carácter espiritual, desde el autoconocimiento individual hasta eventuales hechos mediúmnicos. Luego se analizan imágenes y expresiones del cuento rosiano en colación con la liturgia, los credos y los resultados de tal experiencia espiritual de origen amerindio, la cual trasciende la posibilidad de explicación a través de la razón, la “medusa cartesiana” de que trata el médico y novelista de Minas Gerais.
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