Relação entre teorias de aprendizagem e teorias de educação exemplificada pela tecnologia educacional da pesquisa investigativa
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2022.1.38133Palavras-chave:
teorias de aprendizagem, aprendizagem significativa, teorias educacionais, comunidades de investigação, pesquisa investigativaResumo
Partimos da consideração epistemológica de que, por taxonomia e preponderância, teorias psicológicas de aprendizagem são mais basilares e mais restritas do que teorias de educação. De fato, teorias psicológicas de aprendizagem possuem natureza eminentemente descritiva – associada com a elucidação científica de como funcionam os mecanismos por detrás dos processos cognitivos envolvidos na aprendizagem –, ao passo que as teorias educacionais possuem natureza eminentemente normativa – associada com princípios norteadores e critérios de decisão a respeito de o quê se deve ensinar e metodologias a respeito de como se deve ensinar, com o propósito de alcançar dadas finalidades. A partir disso, descrevemos sucintamente as estruturas conceituais da teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel e da teoria educacional de Mathew Lipman (formação de comunidades de investigação), articulando-as entre si à luz da classificação proposta. Em seguida, apresentamos e discutimos o modo como se poderia implementar, na prática, a articulação entre as duas teorias, por meio de uma tecnologia educacional, a saber, a pesquisa investigativa, tipificando essa relação na estratégia de aprendizagem associada ao projeto de pesquisa e ao seminário. Por fim, à guisa de fortalecer as conclusões havidas do confronto entre as premissas e a articulação conceitual propostas, ressaltamos algumas conexões explícitas entre o referencial teórico e a tecnologia educacional em evidência.
Downloads
Referências
Antunes, C. (2012). Professores e professauros. Vozes.
Ausubel, D. P. (2003). Aquisição e Retenção de Conhecimentos: uma Perspectiva Cognitiva. Editora Plátano.
Barros, A. J. P., & Lehfeld, N. A. S. (2012). Projeto de Pesquisa propostas metodológicas. Vozes.
Demo, P. (1985). Introdução à metodologia da Ciência. Atlas.
Demo, P. (2007). Educar pela pesquisa. Autores Associados.
Fazenda, I. C. A. (1979). Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou ideologia? Loyola.
Ferreira, M., & Silva Filho, O. L. (2021). Ensino de física: fundamentos, pesquisas e novas tendências. Plurais: Revista Multidisciplinar, 6, 9-19. https://doi.org/10.29378/plurais.2447-9373.2021.v6.n1.12199
Ferreira, M., Couto, R. V. L., Silva Filho, O. L., Paulucci, L., & Monteiro, F. F. (2021). Ensino de astronomia: uma abordagem didática a partir da Teoria da Relatividade Geral. Revista Brasileira de Ensino de Física, 43, 1-13. https://doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2021-0157
Ferreira, M., Silva Filho, O. L., Moreira, M. A., Franz, G. B., Portugal, K. O., & Nogueira, D. X. P. (2020). Unidade de Ensino Potencialmente Significativa sobre óptica geométrica apoiada por vídeos, aplicativos e jogos para smartphones. Revista Brasileira de Ensino de Física, 42, 1-13. https://doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2020-0057
Holanda, N. (1974). Planejamento e projetos. Apec.
Lipman, M. (1995). O Pensar na Educação. Vozes.
Lipman, M., Oscanyan, F., & Sharp, A. (1994). Filosofia na sala de aula. Nova Alexandria.
Moraes, R., & Galiazzi, M. C. (2002) Educação pela pesquisa como modo, tempo e espaço da qualificação de formação de professores de ciências. Ciência & Educação, 8, 237-252. https://www.scielo.br/j/ciedu/a/rpxWhrW3yfVZHTY9kSVyrxS/?lang=pt&format=pdf
Moreira, M. A. (2006). A teoria da Aprendizagem Significativa e sua implementação em sala de aula. Editora UnB.
Moreira, M. A. (2000). Aprendizagem significativa crítica. Atas do III Encontro Internacional sobre Aprendizagem Significativa. Lisboa. http://hdl.handle.net/10400.2/1320
Moreira, M. A. (2011). Teorias de Aprendizagem. E.P.U.
Nicolini, C. A. H. (2005). Projetos de aprendizagem e educar pela pesquisa como prática da cidadania. [Dissertação Mestrado, Faculdade de Química, PUCRS]. https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/3500
Novak, J. D. (1997). Teoría y práctica de la educación. Alianza Editorial.
Silva filho, O. L., & Ferreira, M. (2018). Teorias da aprendizagem e da educação como
referenciais em práticas de ensino: Ausubel e Lipman. Revista do Professor de Física, 2, 104-125. https://doi.org/10.26512/rpf.v2i2.12315
Silva Filho, O. L., & Ferreira, M. (2022). Modelo teórico para levantamento e organização de subsunçores no âmbito da Aprendizagem Significativa. Revista Brasileira de Ensino de Física, 44, 1-13. https://doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2021-0339
Silva Filho, O. L., Ferreira, M., Polito, A. M. M., & Coelho, A. L. M. B. (2021). Normatividade e descritividade em referenciais teóricos na área de ensino de Física. Pesquisa e Debate em Educação, 11, 1-33. https://doi.org/10.34019/2237-9444.2021.v11.32564
Silva, A. L. S., & Del Pino, J. C. (2019). Metodologias de ensino – no contexto da – Formação Continuada de ProfessoresAppris.
Thiollent, M. J. M. (2011). Metodologia da pesquisa-ação. Cortez.
Thiollent, M. J. M. (2006). Pesquisa-ação e projeto cooperativo na perspectiva de Henri Desroche. EdUFSCAR.
Thiollent, M. J. M. (2008). Pesquisa-ação nas organizações. São Paulo: Cortez.
Zabala, A. (2002). Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma proposta para o currículo escolar. Artmed.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Educação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Educação implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Educação como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.