Ensino de Filosofia na Amazônia
A insurgência de filosofias-outras
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2020.2.31281Palavras-chave:
educação, ensino de filosofia, colonialidade, decolonialidade, epistemologia educacionalResumo
Neste artigo apresenta-se o recorte de uma pesquisa realizada em cursos de Filosofia de duas universidades públicas na cidade de Belém, estado do Pará, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O objetivo deste artigo é debater insurgências decoloniais no ensino de filosofia. A abordagem teórica é da rede conceitual do coletivo Decolonial. É um estudo qualitativo, constituído por pesquisa de campo, levantamento bibliográfico e documental. Foram entrevistados 4 (quatro) estudantes. Inferiu-se que a primeira postura para decolonizar o ensino de filosofia é a reflexão crítica de quem vivencia a filosofia, assim como problematizar a história da filosofia, os cânones da tradição filosófica, bem como desconstruir as concepções engessadas e dogmáticas de filosofia, isto é, realizar uma antropofagia epistemológica/filosófica.
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