“É perto, mas é muito, muito longe”: conversando com crianças sobre senso espacial
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2019.1.30133Palavras-chave:
Educação infantil. Educação matemática. Geometria. Senso espacial. Noções de perto/longe.Resumo
Neste artigo evidenciamos indícios de orientação espacial de crianças de cinco anos, matriculadas em uma escola municipal de educação infantil. Consideramos o que elas dizem a respeito do trajeto escola/casa/escola. Tal estudo faz parte de uma pesquisa qualitativa de doutorado em educação sobre senso espacial infantil no campo da geometria. Este texto se constituiu a partir da escuta de crianças em catorze entrevistas realizadas, das quais selecionamos questões sobre noções espaciais de perto/longe. Em Clements (2004), Lorenzato (2006), Mendes e Delgado (2008) encontramos suporte teórico para tratar da orientação espacial. Corsaro (2011) e Sarmento (2007) nos auxiliaram nos estudos sobre infância. Verificamos que as crianças possuem conhecimentos sobre orientação espacial e relacionam noções espaciais de perto/longe aos seus próprios pontos de referência. Concluímos que é importante considerar os usos e significados que as crianças atribuem às noções espaciais, mas também vale considerar o papel significativo da escola em pensar e problematizar junto com as crianças essa orientação espacial no ambiente escolar, no bairro e na cidade onde vivem e se locomovem.
Downloads
Referências
ARCE, A. Quem tem medo de ensinar na educação infantil? Em defesa do ato de ensinar. Campinas, SP: Alínea, 2007.
BARBOSA, I. G. Educação infantil, formação de conceitos e criatividade: discutindo uma versão sócio-histórico-dialética. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE CRIATIVIDADE: CRIATIVIDADE, PARA QUÊ?, 1., 1998, São Paulo. Anais [...]. São Paulo, 1998. p. 105-111.
BATTISTA, M. T. Spatial visualization and gender differences in high school geometry. Journal for Research in Mathematics Education, n. 21, p. 47-60, 1990.
https://doi.org/10.2307/749456
BISHOP, A. Mathematical enculturation. Londres: Kluwer, 1991.
https://doi.org/10.1007/978-94-009-2657-8_5.
https://doi.org/10.1007/978-94-009-2657-8_6.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2017.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de dezembro de 2009, Seção 1.
CARVALHO, A. F; MÜLLER, F. Ética na pesquisa com crianças: uma problematização necessária. In: MÜLLER, F. (org.). Infância em perspectiva: políticas, pesquisas e instituições. São Paulo: Cortez, 2010. p. 17-38.
CLEMENTS, D. H. Geometric and spatial thinking in early childhood education. In: CLEMENTS, D. H.; SARAMA, J.; DIBIASE, A. M. Engaging young children in mathematics: Standards for early childhood mathematics education. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum, 2004. p. 267-298.
CORSARO, W. A. Sociologia da infância. Tradução: Lia Gabriele Regius Reis. São Paulo: Artmed, 2011.
FIORENTINI, D.; LORENZATO, S. Investigação em educação matemática: percursos teóricos e metodológicos. Campinas, SP: Autores Associados, 2006.
FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
ITACARAMBI, R. R.; BERTON, I. C. B. Geometria, brincadeira e jogos: 1º ciclo do ensino fundamental. São Paulo: Livraria da Física, 2008.
KRAMER, S. Infância, cultura contemporânea e educação contra a barbárie. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DA OMEP - INFÂNCIA E EDUCAÇÃO INFANTIL: REFLEXÕES PARA O INÍCIO DO SÉCULO, 2000, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: Ravil, 2000. p. 34-53.
LYNCH, K. A imagem da cidade. Porto: Edições 70, 1982.
LORENZATO, S. Educação infantil e percepção matemática. São Paulo: Autores Associados, 2006.
LORENZATO, S. Para aprender matemática. 3. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2010.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 2013.
MALHO, M. J. A criança e a cidade: independência de mobilidade e representações sobre o espaço urbano. Reflexão e Acção, Lisboa, n. 83, p. 52-57, 2010.
Disponível em: https://www.dge.mec.pt. Acesso em: 13 fev. 2018.
MENDES, M. de F.; DELGADO, C. C. Geometria: textos de apoio para educadores de infância. Lisboa: Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular – DGIDC: Ministério da Educação, 2008.
OWENS, K. The role of visualization in young students´learning. In: ZALAVSKY, O. (ed.). Proceedings of 23th PME Conference. Haifa: Israel Institute of Technology, 1999. v. 1. p. 220-234.
ROMBERG, T. A. Perspectives on scholarship and research methods. In: GROUWS, D. A. (ed.). Handbook of research on mathematics teaching and learning. National Council of Teachers of Mathematics. New York: Macmillan, 1992. p. 49-64.
SARMENTO, M. J. Visibilidade social e estudo da infância. In: VASCONCELLOS, V. R.; SARMENTO, M. J. Infância (invisível.). São Paulo: Junqueira e Marin, 2007. p. 25-49.
SARMENTO, M. J. A criança cidadã: vias e encruzilhadas. Imprópria, Lisboa, n. 2, p. 45-49, 2012.
SARMENTO, M. J.; SOARES, N.; TOMÁS, C. Participação social e cidadania activa das crianças. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DO FÓRUM PAULO FREIRE, 4., Porto, Portugal, 2004.
Disponível em: www.paralapraca.org.br. Acesso em: 11 fev. 2018.
SILVA, C. M. S. da; SANTOS-WAGNER, V. M. P. dos. Considerações para os iniciantes em pesquisas em educação matemática e educação do campo. In: SILVA, C. M. S. da; SANTOS-WAGNER, V. M. P. dos; MARCILINO, O. T.; FOERSTE, E. Metodologia da pesquisa em educação do campo: povos, territórios, movimentos sociais, sustentabilidade. Vitória, ES: UFES, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2009. p. 53-64.
SMOLE, K. S. A matemática na educação infantil: a teoria das inteligências múltiplas na prática escolar. Porto Alegre: Artmed, 2003.
SMOLE, K. S.; DINIZ, M. I.; CÂNDIDO, P. Brincadeiras infantis nas aulas de matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
STAKE, R. E. Pesquisa qualitativa: estudando como as coisas funcionam. Porto Alegre: Penso, 2011.
STEFFE, L. P.; THOMPSON, P. W. Teaching experiment methodology: underlying principles and essential elements. In: LESH, R.; KELLY, A. E. (ed.). Research design in mathematics and science education. Hillsdale, NJ: Erlbaum, 2000. p. 267-307.
VALE, I.; BARBOSA, A.; PALHARES, P. A visualização e a resolução de problemas envolvendo padrões: um estudo no segundo ciclo. 2007.
Disponível em: www.ese.ipvc.pt/padroes/artigos/2007_05.pdf. Acesso em: 21 jan. 2018.
ZOGAIB, S. D.; SANTOS-WAGNER, V. M. P. dos. Matemática na educação infantil: uma análise da produção acadêmica no sudeste brasileiro. In: REUNIÃO CIENTÍFICA REGIONAL SUDESTE DA ANPED, 12., Vitória, 2016. Anais [...]. Vitória, ES: Universidade Federal do Espírito Santo, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2016. p. 3.261-3.278.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DERECHOS DE AUTOR
La sumisión de originales para la Educação implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a
Educação como el medio de la publicación original.
CREATIVE COMMONS LICENSE
Debido a que es una revista de acceso abierto, permite el libre uso de artículos en aplicaciones científicas y educativas, siempre y cuando la fuente. De acuerdo con la Licencia Creative Commons CC-BY 4.0, adoptada por la
Educação el usuario debe respetar los requisitos abajo.
Usted tiene el derecho de:
Compartir - copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato.
Adaptar - remezcla, transformar y crear a partir del material para cualquier propósito, incluso con fines comerciales.
Sin embargo, sólo de acuerdo con los siguientes términos:
Asignación - Usted debe dar el crédito apropiado, proveer un enlace a la licencia e indicar si los cambios se han hecho. Debe hacerlo en condiciones razonables, pero de ninguna manera que sugiera que
Educação usted o su uso es compatible.
No hay restricciones adicionales - No se pueden aplicar términos legales o naturaleza tecnológica de las medidas que restringen legalmente hacer algo distinto de los permisos de licencia.
Avisos:
Usted no tiene que cumplir con los términos de licencia con respecto a los elementos materiales que son de dominio público o cuyo uso está permitido por una excepción o limitación que se aplica.
Garantías no se les da. La licencia no le puede dar todos los permisos necesarios para el uso previsto. Por ejemplo, otros derechos, como derechos de imagen, privacidad o derechos morales, pueden limitar el uso del material.
Para obtener más información acerca de la licencia Creative Commons, siga el enlace en la parte inferior de esta página web.