Considerações de natureza epistemológica sobre a análise textual discursiva
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2020.1.29832Palavras-chave:
análise textual discursiva, pesquisa qualitativa, educação, educação em ciências.Resumo
Este trabalho examina como a análise textual discursiva pode ser caracterizada nas discussões epistemológicas associadas à possibilidade do conhecimento. Sinaliza-se que há pressupostos teóricos na análise textual discursiva, na qualidade de um procedimento analítico, que a distanciam de uma perspectiva relativista. Por conseguinte, averigua-se a necessidade de as pesquisas em Educação em Ciências, em particular, e em Educação, em geral, que adotam esse procedimento analítico, apoiarem-se em interlocutores teóricos que se afastem igualmente do relativismo. Essa defesa é coerente com a ideia de reconhecer a análise textual discursiva como um procedimento analítico, mas sem reduzi-lo a um puro conjunto de passos a serem seguidos na análise de informações qualitativas.
Downloads
Referências
Alves, A. H. B., & Silva, A. F. G. (2015). Manifestações de obstáculos gnosiológicos para a seleção de conteúdos na implementação de um currículo crítico em ciências naturais. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 8(1), 181-207. https://doi.org/10.5007/1982-5153.2015v8n1p181
Amorim, M. (2003). A contribuição de Mikhail Bakhtin a tripla articulação ética, estética e epistemológica. In M. T. Freitas, S. Kramer, & S. Jobim e Souza. Ciências Humanas e pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin (pp. 11-25). Cortez.
Amorim, M. (2004). O pesquisador e seu outro: Bakhtin nas Ciências Humanas. São Paulo: Musa.
Bakhtin, M. (Volochinov, V. N.). (2004). Marxismo e Filosofia da Linguagem: problemas fundamentais do método sociológico da ciência da linguagem (11ª ed). Hucitec. https://doi.org/10.1590/2176-457336646
Boudon, R. (2010). O relativismo. Edições Loyola.
Bunge, M. (1991). Una caricatura de la ciencia: la novísima sociología de la ciencia. Interciencia, 16(2), 69-77.
Della Fonte, S. S. (2009). Heidegger, o pós-moderno e a educação. Educação & Realidade, 34(1), 191-209.
Duarte, N. (2006). A contradição entre universalidade da cultura humana e o esvaziamento das relações sociais: por uma educação que supere a falsa escolha entre etnocentrismo ou relativismo cultural. Educação e Pesquisa, 32(3), 607-618. https://doi.org/10.1590/s1517-97022006000300012
Freire, P. (1977). Extensão ou comunicação? Paz e Terra.
Freire, P. (2005). Pedagogia do Oprimido. 40ª ed. Paz e Terra.
Galiazzi, M. C., & Ramos, M. (2013). Aprendentes do aprender: um exercício de análise textual discursiva. Indagatio Didactica, 5(2), p. 868-883.
Hanson, N. R. (1075) Observação e interpretação. In E Nagel, & S. M. Sidney. Filosofia da ciência (pp. 125- 138). Cultrix.
Harres, J. B. S. (2007). Relativismo (moderado) em sala de aula análise de um caso na disciplina de metodologia do ensino superior. In R. M. R. Borges (Org.). Filosofia e história da ciência no contexto da educação em ciências: vivências e teorias (pp. 141-167). EDIPUCRS. https://doi.org/10.1590/s1516-73132003000100005
Hessen, J. (2003). Teoria do conhecimento. 2ª ed. Martins Fontes.
Moraes, M. C. M. (2009). A teoria tem consequência: indagações sobre o conhecimento no campo da educação. Educação & Sociedade, 30(107), 585-607. https://doi.org/10.1590/s0101-73302009000200014
Moraes, R. (2003). Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Ciência & Educação, 9(2), 191-211. https://doi.org/10.1590/s1516-73132003000200004
Moraes, R., & Galiazzi, M. C. (2006). Análise textual discursiva: processo reconstrutivo de múltiplas faces. Ciência & Educação, 12(1), 117-128. https://doi.org/10.1590/s1516-73132006000100009
Moraes, R., & Galiazzi, M. C. Análise Textual Discursiva. Editora Unijuí, 2007.
Moser, P. K., Mulder, D. H., & Trout, J. D. (2009). A teoria do conhecimento: uma introdução temática. 2ª ed. Editora WMF; Martins Fontes.
Mortimer, E. F. (1996). Construtivismo, mudança conceitual e o ensino de ciências: para onde vamos? Investigações em Ensino de Ciências, 1(1), 20-39.
Mortimer, E. F., Scott, P., & El-Hani, C. N. (2011). Bases teóricas e epistemológicas da abordagem dos perfis conceituais. Técne, Episteme e Didaxis, (30), p. 111-125. https://doi.org/10.17227/ted.num30-1102
Oliveira, M. B. (2003). Considerações sobre a neutralidade da ciência. Trans/Form/Ação, 26(1), 161-172.
Popper, K. (1996). O mito do contexto: uma defesa da ciência e da racionalidade. Edições 70.
Santos, F. M. T., & Greca, I. M. (2013). Metodologias de pesquisa no ensino de ciências na América Latina: como pesquisamos na década de 2000. Ciência & Educação, 19(1), 15-33. https://doi.org/10.1590/s1516-73132013000100003
Silva, R. S. (2008). O problema do relativismo em Heidegger e Gadamer. Investigaciones fenomenológicas, (6), 283-297. https://doi.org/10.5944/rif.6.2008.5514
Sousa, R. S., Galiazzi, M. C., & Schmidt, E. B. (2016). Interpretações fenomenológicas e hermenêuticas a partir da análise textual discursiva: a compreensão em pesquisas na educação em ciências. Revista Pesquisa Qualitativa, 4(6), 311-333. https://doi.org/10.1590/1516-731320180030016
Sousa, R. S., & Galiazzi, M. C. (2016). Compreensões acerca da hermenêutica na análise textual discursiva: marcas teórico-metodológicas à investigação. Contexto & Educação, (31), 33-55. https://doi.org/10.21527/2179-1309.2016.100.33-55
Torres, J. R., Gehlen, S. T., Muenchen, C., Gonçalves, F. P., Lindemann, R. H., & Gonçalves, F. J. F. (2008). Resignificação curricular: contribuições da investigação temática e da análise textual discursiva. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 8(2), 1-13. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2018181239
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Educação

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
DERECHOS DE AUTOR
La sumisión de originales para la Educação implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a
Educação como el medio de la publicación original.
CREATIVE COMMONS LICENSE
Debido a que es una revista de acceso abierto, permite el libre uso de artículos en aplicaciones científicas y educativas, siempre y cuando la fuente. De acuerdo con la Licencia Creative Commons CC-BY 4.0, adoptada por la
Educação el usuario debe respetar los requisitos abajo.
Usted tiene el derecho de:
Compartir - copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato.
Adaptar - remezcla, transformar y crear a partir del material para cualquier propósito, incluso con fines comerciales.
Sin embargo, sólo de acuerdo con los siguientes términos:
Asignación - Usted debe dar el crédito apropiado, proveer un enlace a la licencia e indicar si los cambios se han hecho. Debe hacerlo en condiciones razonables, pero de ninguna manera que sugiera que
Educação usted o su uso es compatible.
No hay restricciones adicionales - No se pueden aplicar términos legales o naturaleza tecnológica de las medidas que restringen legalmente hacer algo distinto de los permisos de licencia.
Avisos:
Usted no tiene que cumplir con los términos de licencia con respecto a los elementos materiales que son de dominio público o cuyo uso está permitido por una excepción o limitación que se aplica.
Garantías no se les da. La licencia no le puede dar todos los permisos necesarios para el uso previsto. Por ejemplo, otros derechos, como derechos de imagen, privacidad o derechos morales, pueden limitar el uso del material.
Para obtener más información acerca de la licencia Creative Commons, siga el enlace en la parte inferior de esta página web.