O dever de resistir: sobre escolas, professores e sociedade
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2018.1.29749Palavras-chave:
Educação. Resistência. Qualificação. Socialização. Subjetivação.Resumo
Nas sociedades contemporâneas existem muitas expectativas sobre o que as escolas devem fazer. Estas incluem a instrumentalização de crianças e jovens para o mundo do trabalho, a sua transformação em cidadãos democráticos ou a criação de uma sociedade coesa e inclusiva. O que une essas expectativas é que elas se aproximam da escola como uma espécie de instrumento para resolver problemas da sociedade. A escola é tratada como tendo uma função para a sociedade e, portanto, como uma instituição que deve ser funcional e útil para ela. O perigo dessa maneira de pensar é que outras questões – como o que a escola deve cuidar ou proteger – desaparecem facilmente do campo de visão. Neste artigo, explora-se como se pode responder à pergunta sobre qual é a “tarefa” especial e exclusiva da escola, argumentando que esta não deve ser vista apenas como tendo uma função para a sociedade, mas também como tendo um dever importante de resistir às demandas que a sociedade deseja que sejam atendidas.
**************************************************************
**** Bruno Antonio Picoli (tradutor)
Downloads
Referências
BIESTA, G. J. J. Beyond learning: Democratic education for a human future. Boulder: Paradigm Publishers, 2006.
BIESTA, G. J. J. Good education in an age of measurement: ethics, politics, democracy. Boulder: Paradigm Publishers, 2010.
BIESTA, G. J. J. Interrupting the politics of learning. Power and Education, v. 5, n. 1, p. 4-15, 2013.
BIESTA. G. J. J. The beautiful risk of education. Boulder: Paradigm Publishers, 2014.
BIESTA, G. J. J. Hva er en pedagogisk oppgave? Om det å gjøre voksen eksistens mulig. In: BRUNSTAD, P. O.; REINDAL, S. M.; SÆVEROT. H. (Red.), Eksistens og pedagogikk: en samtale om pedagogikkens oppgave. Oslo: Universitetsforlaget, 2015a. p.194-209.
BIESTA, G. J. J. Wereld-gericht onderwijs: Vorming tot volwassenheid. De Nieuwe Meso, v. 2, n. 3, p. 54-61, 2015b.
BIESTA, G. J. J. Freeing teaching from learning: opening up existential possibilities in educational relationships. Studies in Philosophy and Education, v. 34, n. 3, p. 229-243, 2015c.
LEVINAS, E. Totality and infinity: an essay on exteriority. Pittsburgh; The Hague: Duquesne University Press; Martinus Nijhoff, 1969.
MASSCHELEIN, J. & SIMONS, M. Apologie van de school. Leuven: Acco, 2012.
MEIRIEU, P. Pédagogie: le devoir de résister. Issy-les- Moulineaux: ESF éditeur, 2007.
MOLLENHAUER, K. Vergessene Zusammenhänge: Ueber Kultur und Erziehung. München: Juventa. 1983.
OELKERS, J. Reformpädagogik. Eine kritische Dogmengeschichte. 4 ed. München: Juventa, 2005.
SIDORKIN, A. Learning relations: impure education, deschooled schools, and dialogue with evil. New York: Peter Lang, 2002.
SPIVAK, G. C. Righting the wrongs. South Atlantic Quarterly, v. 103, n. 2-3, 523-581, 2004.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Educação implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Educação como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.