Análise sociológica e linguística de narrativas
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7289.2014.2.17117Palabras clave:
Narrativas. Análise de narrativas. Análise sociológica de narrativas.Resumen
Abstraindo das formas clássicas de aplicação da análise de narrativas na comunicação cotidiana bem como da linguística e da sociologia, é concebível que se possa identificar constelações de interesses e um cerne de aptidões sociais, tanto gerais quanto vinculadas a determinados assuntos, por meio do processamento retrospectivo das próprias experiências de ação em narrativas orais espontâneas. A disposição para narrar histórias vivenciadas pela própria pessoa obriga esta a entrar em detalhes, pois quando se narram ações que aconteceram, suas respectivas consequências também precisam ser narradas como novas ações etc. Essa obrigação de detalhamento da exposição narrativa compreende também conjuntos de interesse do narrador existentes à época e, ao menos em parte, ainda existentes quando da narração, pois elas são, em sua eficácia motivacional, elementos constitutivos dos acontecimentos a serem narrados. Por outro lado, histórias vivenciadas pessoalmente apontam, em função de seu caráter retrospectivo, para contextos maiores e os graus de capacidade para a ação podem ser avaliados a partir da forma como se lidou com esses contextos. Entretanto, ambos os questionamentos só são legítimos na medida em que esteja dado o pressuposto básico da análise sociológica de narrativas aqui proposta, ou seja, de que a história concreta narrada não tenha a ver só com contextos pessoalmente vividos de modo subjetivo ou até fictício, e sim com contextos de ação ocorridos. Esse pressuposto da análise sociológica da narração de histórias pode ser justificado, com vistas à respectiva narrativa concreta, como suposição plausível pela ideia de que a narração de histórias vivenciadas pela própria pessoa, contanto que sejam realmente narradas, precisa conservar na exposição o fio condutor da concatenação temporal e causal de acontecimentos ocorridos em sua respectiva relação com o portador da história e das ações. Nesse sentido, reproduz as condições e orientações existenciais do sistema atual de ações em dimensões parciais importantes (abstraindo da camada das definições atuais da situação).
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