Falantes-nativos e o Programa Inglês sem Fronteiras: investigando ideologias linguísticas através de políticas linguísticas
DOI:
https://doi.org/10.15448/2178-3640.2017.1.26842Palavras-chave:
Inglês sem Fronteiras, políticas linguísticas, internacionalização, língua inglesa, ideologias linguísticas.Resumo
O Inglês sem Fronteiras (IsF) é um programa do governo brasileiros criado para melhorar a proficiência linguística de potenciais candidatos à mobilidade internacional. Considerando que a ideologia linguística incorpora assim como é incorporada por políticas linguísticas, esse artigo tem por objetivo examinar a ideologia do falante-nativo. Essa pesquisa faz uso de textos contendo instâncias de promulgação e interpretações do IsF além de evidencias postas por decisões surgindo a partir de implementação do Programa para examinar como falantes nativos são postos através do programa. A partir da abordagem de políticas linguísticas crítica, a análise crítica do discurso é empregada para investigar como falantes nativos são desafiados e reforçados pela agenda implementada no IsF. Evidencias, apontam para a sobreposição de perspectivas de desconstrução e corroboração, especialmente considerando interpretações locais postas pelos coordenadores dos núcleos, cujas considerações sobre a diversidade linguística de língua inglesa são marcadas por ideias ambivalentes dessa questão. A coexistência dessas tensões indica a natureza pervasiva de falantes-nativos relativa ao inglês no Brasil.
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