Semântica Expressivista
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-6746.2016.1.23224Palavras-chave:
Não Cognitivismo. Linguagem Normativa. Semântica.Resumo
O programa semântico do expressivismo surgiu como uma tentativa de fundamentar a visão não-cognitivista do discurso ético, mas logo foi generalizado de forma a cobrir a linguagem normativa em geral. Ele promete desenvolver uma alternativa global à abordagem clássica da semântica das condições de verdade: uma teoria não factualista, baseada na pragmática, do significado linguístico. Os expressivistas veem o conteúdo das sentenças normativas como determinado por seu uso primário, que é não-descritivo. As versões tradicionais da semântica expressivista procedem associando sistematicamente às sentenças normativas as atitudes mentais que elas convencionalmente expressam. Elas assumem que, se as sentenças simples expressam atitudes, a aplicação a essas sentenças dos conectivos da lógica proposicional ou da ligação de variáveis resulta em sentenças complexas que também expressam atitudes. O núcleo do presente trabalho avalia algumas tentativas influentes de desenvolvimento do programa expressivista, focando em um problema discutido com veemência na literatura: o “problema da negação para o expressivismo.” Algumas abordagens propostas nos últimos anos, baseadas na rejeição da assunção central do expressivismo tradicional, são consideradas em detalhes. Embora uma avaliação definitiva dessas abordagens inovadoras como explicações satisfatórias do funcionamento da linguagem normativa não possa ainda ser alcançada, o trabalho afirma que há razões para otimismo.
Downloads
Referências
AYER, A. J. Language, Truth, and Logic. New York: Dover Publications, 1936.
BLACKBURN, S. Spreading the Word. Oxford: Oxford University Press, 1984.
______. Essays in Quasi-Realism. Oxford University Press, 1993.
______. Ruling Passions: A Theory of Practical Reasoning. Oxford: Clarendon Press, 2000.
BLOOME-TILLMAN, M. “Non-Cognitivism and the Grammar of Morality”. Proceedings of the Aristotelian Society, 109(1) (2000), p. 279-309. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1467-9264.2009.00268.x
Brady , M. New Waves in Metaethics. New York: Palgrave-Macmillan, 2011. DOI: https://doi.org/10.1057/9780230294899
Burgess, A.; Sherman, B. (Orgs.). Metasemantics: New Essays on the Foundations of Meaning. Oxford: Oxford University Press, 2014. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199669592.001.0001
CHRISMAN, M. “Expressivism, Inferentialism, and Saving the Debate”. Philosophy and Phenomenological Research, 77 (2008), p. 334-358. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1933-1592.2008.00194.x
______. “Expressivism, Inferentialism, and the Theory of Meaning”. In: Brady , M. New Waves in Metaethics. New York: Palgrave-Macmillan, 2011, p. 103-125. DOI: https://doi.org/10.1057/9780230294899_6
______. “Attitudinal Expressivism and Logical Pragmatism in Metaethics”. In: HUBS, G.; LIND, D. (Orgs.). Pragmatism, Law, and Language. New York: Routledge, 2014, p. 117-135.
DAVIS, W. Meaning, Expression, and Thought. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
______. Nondescriptive Meaning and Reference. Oxford: Oxford University Press, 2005.
DREIER, J. “Expressivist Embeddings”. Philosophical Studies, 83 (1996), p. 29-51. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00372434
______. “Negation for Expressivists: A Collection of Problems with a Suggestion for their Solution”. Oxford Studies in Metaethics, 1 (2006), p. 217-235.
Eikmeyer, H.; RIESER, H. (Orgs.). Words, Worlds, and Contexts. Berlin: de Gruyter, 1981. DOI: https://doi.org/10.1515/9783110842524
GEACH, P. “Assertion”. Philosophical Review, 71 (1965), p. 423-432.
GIBBARD, A. Wise Choices, Apt Feelings. Oxford: Clarendon Press, 1990.
______. Thinking How to Live. Cambridge, MA: Harvard University Press, 2003.
Gross, S.; Tebben, N.; Williams, M. (Orgs.). Meaning Without Representation: Essays on Truth, Expression, Normativity, and Naturalism. Oxford: Oxford University Press, 2015. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780198722199.001.0001
HALDANE, J.; WRIGHT, C. (Orgs.). Reality, Representation and Projection. Oxford: Oxford University Press, 1993.
HALE, B. “On the Logic of Attitudes”. In: HALDANE, J.; WRIGHT, C. (Orgs.). Reality, Representation and Projection. Oxford: Oxford University Press, 1993, p. 337-363.
HUBS, G.; LIND, D. (Orgs.). Pragmatism, Law, and Language. New York: Routledge, 2014. DOI: https://doi.org/10.4324/9780203797969
KALDERON, M. E. Moral Fictionalism. Oxford: Oxford University Press, 2005. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199275977.001.0001
KRATZER, A. “What ‘must’ and ‘can’ must and can mean”. Linguistics and Philosophy, 1 (1977), p. 337-355. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00353453
______. “The Notional Category of Modality”. In: Eikmeyer, H.; RIESER, H. (Orgs.). Words, Worlds, and Contexts. Berlin: de Gruyter, 1981, p. 38-74
______. “Modality”. In: Stechow, A.; Wunderlich, D. (Orgs.). Handbuch Semantik/ Handbook Semantics. Berlin: de Gruyter, 1991, p. 639-650. DOI: https://doi.org/10.1515/9783110126969.7.639
MACKIE, J. L. Ethics: Inventing Right and Wrong. London: Penguin Books, 1977.
MENDONÇA, W. “Ascriptions of Responsibility: The Expressivist View”. In: Coitinho, D.; Hobuss, J. (Orgs.). Sobre Responsibilidade. Pelotas: NEPFIL online, 2014a, p. 257-275.
______. “Questões Metaéticas”. In: Torres, J. C. B. (Org.). Manual de Ética: Questões de Ética Teórica e Aplicada. Rio de Janeiro: Vozes, 2014b, p. 153-173.
MOORE, G. E. Principia Ethica. Cambridge: Cambridge University Press, 1903.
PÉREZ CARBALLO, A. “Semantic Hermeneutics”. In: Burgess, A.; Sherman, B. (Orgs.). Metasemantics: New Essays on the Foundations of Meaning. Oxford: Oxford University Press, 2014, p. 119-146. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199669592.003.0005
RICHARD, M. When Truth Gives Out. Oxford: Oxford University Press, 2008. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199239955.001.0001
______. “What Would an Expressivist Semantics Be?”. In: Gross, S.; Tebben, N.; Williams, M. (Orgs.). Meaning Without Representation: Essays on Truth, Expression, Normativity, and Naturalism. Oxford: Oxford University Press, 2015, p. 137-159. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780198722199.003.0007
RIDGE, M. “Ecumenical Expressivism: Finessing Frege”. Ethics, 116 (1998), p. 302-336. DOI: https://doi.org/10.1086/498462
______. “Moral Assertion for Expressivists”. Philosophical Issues, 19 (2009), p. 182-204. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1533-6077.2009.00166.x
______. Impassioned Belief. Oxford: Oxford University Press, 2014.
SCHROEDER, M. Being For: Evaluating the Semantic Program of Expressivism. Oxford University Press, 2008a. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199534654.001.0001
______. “What is the Frege-Geach Problem?” Philosophy Compass, 3(4) (2008b), p. 703-720. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1747-9991.2008.00155.x
______. Noncognitivism in Ethics. London: Routledge, 2010.
______. “Attitudes and Epistemics”. Unpublished Manuscript. University of Southern California, 2011.
SILK, A. “How to Be an Ethical Expressivist”. Philosophy and Phenomenological Research, 91 (2015), p. 47-81. DOI: https://doi.org/10.1111/phpr.12138
SINCLAIR, N. “Recent work in expressivism”. Analysis, 69 (2009), p. 136-147. DOI: https://doi.org/10.1093/analys/ann020
______. “Moral Expressivism and Sentential Negation”. Philosophical Studies, 152(3) (2011), p. 385-411. DOI: https://doi.org/10.1007/s11098-009-9484-5
Stechow, A.; Wunderlich, D. (Orgs.). Handbuch Semantik/Handbook Semantics. Berlin: de Gruyter, 1991.
UNWIN, N. “Quasi-Realism, Negation, and the Frege-Geach Problem”. The Philosophical Quarterly, 49 (1999), p. 337-352. DOI: https://doi.org/10.1111/1467-9213.00146
______. “Norms and Negation: A Problem for Gibbard’s Logic”. The Philosophical Quarterly, 51 (2001), p. 60-75. DOI: https://doi.org/10.1111/1467-9213.00214
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Revista Veritas implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Revista Veritas como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada. Copyright: © 2006-2020 EDIPUCRS