Ontopolítica e diagramas históricos do poder: maioria e minoria segundo Deleuze e a Teoria das Multidões segundo Peirce
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-6746.2012.1.11232Palabras clave:
Deleuze. Peirce. Ontopolítica. História. Multidões.Resumen
Este artigo procura desenvolver o âmbito da assim chamada ontopolítica como contribuição original do pensamento do G. Deleuze para a filosofia política contemporânea. Com este objetivo, veremos que Deleuze toma o conceito de poder em Foucault e lhe confere alçada ontológica. Este conceito de poder dá acesso a outro elemento importante da filosofia política deleuzeana, ou seja, o estudo dos diagramas históricos do poder nas denominadas sociedades disciplinar e de controle. Com o diagrama de funcionamento das mesmas podemos entender qual o retrato deleuzeano para a democracia em sociedades contemporâneas. Adentrando a ontopolítica deleuzeana, nos dedicaremos aos conceitos de maioria, minoria e devir-minoritário. É neste ponto que se faz o encontro da ontopolítica de Deleuze com a ontologia matemática de Ch. Sanders Peirce. Acontece que os conceitos ontopolíticos de Deleuze, além de sua vinculação com uma ontologia do poder, recebem também um tratamento matemático, tendo em vista certas noções aritméticas (contável e não contável) e geométricas (linhas). As maiorias e minorias são conjuntos contáveis que são atravessados por devires não contáveis. Com isso, chegaremos ao ponto central do presente artigo, onde realizamos uma incursão inicial à imagem dos conceitos de maioria e minoria em Deleuze, com base na teoria das coleções e multidões de C. S. Peirce, principalmente com relação à ontologia matemática nela incluída. Quanto a isso, a principal operação será mostrar de que forma a distinção deleuzeana entre maiorias/minorias contáveis e devir-minoritário não contável pode ser escandida em termos de coleções discretas denominadas enumeráveis, denumeráveis e abnumeráveis ou pós-numeráveis, de acordo com a terminologia de Peirce.Descargas
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