COERÇÃO EM KANT E SCHELLING. FUNDAMENTAÇÃO E CONSEQÜÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-6746.1998.4.35458Keywords:
Liberdade. coerção, Direito, Moralidade e Estado democráticoAbstract
Tomando como ponto de partida a discussão sobre a coerção em Kant e Schelling, tenho a intenção de explicar como eles provam a possibilidade da liberdade em conexão com a coerção. Comparando ambas teorias da liberdade e da coerção, . duas formas diferentes de conceber o Direito e a Moralidade serão identificadas.
De acordo com Kant, as leis jurídicas são leis morais ou leis da liberdade, de · tal forma que há uma mediação entre Direito e Moralidade. Schelling se opõe radicalmente ao pensamento de Kant. O Direito tem seus próprios princípios de conhecimento e ele não depende de imperativos morais. Por um lado, esta oposição caracteriza uma controvérsia dentro do próprio Idealismo alemão, entre Hegel, que concorda com a tese kantiana, e Fichte, que segue a concepção schellinguiana. Por outro lado, esta discussão não está limitada à filosofia kantiana ou ao Idealismo alemão. Lançando mão do legado kantiano, Habermas crítica a interpretação weberiana do poder legítimo nas sociedades ocidentais modernas. De acordo com Weber, o poder nestas sociedades está baseado na racionalidade interna e formal do Direito. Ao contrário, Habermas tem a intenção de mostrar que a ideia do estado democrático deve sua legitimidade à ligação entre Direito e Moral.
Downloads
References
ARISTOTELIS. Ethica Nicomachea. Oxford, Oxford University Press, 1949.
---. "Analytica posteriora". In: Aristotelis. Analytica priora et posteriora. Oxford, Oxford University Press, 1968.
BARTUSCHAT, W. Zur Deduktion des Rechts aus der Vemunft bei Kant und Fichte. ln: KAHLO, M.,
WOLFF, E. e ZACZYK, R. (Orgs.) Fichtes Lebre vom Rechtsverhaltniss. Die Deduktion der§§ 1-4 der Grundlage des Naturrechts und ihre Stellung in der Rechtsphilosophie. Frankfurt/M: Vittorio Klostermann, 1~92, 173-193.
FICHTE. J. Grundlage der gesamten Wissenschaftslehre. Berlin, Walter de Gruyter, 1971, (Vol. I).
--- . System der Sittenlehre nach den Prinzipien der Wissenschaftslehre. Berlin, Walter de Gruyter, 1971, (Vol. IV).
---· . Grundlage des Naturrechts nach den Prinzipien der Wissenschaftslehre. Berlin, Walter de Gruyter, 1971, (Vol. III).
---. System der Sittenlehre nach den Prinzipien der Wissenschaftslehre. Berlin, Walter de Gruyter, 1971, (Vol. IV).
HABERMAS, J. Faktizitti.t und Geltung. Beitrage zur Diskurstheorie des Rechts und des demokratischen Rechtsstaats. Frankfort/m, Suhrkamp, 1994.
---. Moralitã.t und Sittlichkeit. Treffen Hegels Einwã.nde gegen Kant auch auf die Diskursethik zu? ln: Kuhlmann, W. (Ed.) Moralitat und Sittlichkeit. Frankfurt/M, Suhrkamp, 1986, 16-37.
---. Theorie çles kommunikativen Handelns. Handlungsrationalitat und gesellschaftliche Rationalisierung. Frankfurt/Main, Suhrkamp, 1992, 2 Vols.
HEGEL, G. Enzyklopadie der philosophischen Wissenschaften im Grundrisse. 1830. Dritter Teil. Frankfurt/M, Suhrkamp, 1986.
---. Grundlinien der Philosophie des Rechts. Frankfurt/M, Suhrkamp, 1986.
HOLLERBACH, A Schellings Rechts- und Staatsbegrif in den Jahren 1796-1800. ln: Frank, M. e Kurz, G. (Orgs). Materialien zu Schellings philosophischen Anfangen. Frankfurt/M, Surhkamp, 1975., 307- 324.
KANT, I. Grundlegung zur Metaphysik der Sitten. Darmstadt, Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1983, (V. 6).
---. Kritik der reinen Vemunft. Darmstadt, Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1983, (VV. 3 e 4).
---. Kritik der praktischen Vemunft. Darmstadt, Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1983, (V. 6).
---. Die Metaphysik der Sitten. Darmstadt, Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1983, (V. 7).
---. Kritik der Urteilskraft. Darmstadt, Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1983, (V. 8).
---. Zum ewigen Frieden. Ein philosophischer Entwurf. Darmstadt, Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1983, (V. 9).
KÓHLER, M. Zur Begründung des Rechtszwangs im Anschluss an Kant und Fichte. In: Kahlo, M., Wolff, E. e z.aczyk, R. (Orgs.) Fichtes Lebre vom Rechtsverhiiltniss. Die Deduktion der§§ 1-4 der Grundlage des Naturrechts und ihre Stellung in der Rechtsphilosophie. Frankfurt/M: Vittorio Klostermann, 1992, 93-125.
RIVELAYGUE, J. Schelling et les aportes du droit. In: Cahiers de philosophie politique. No. 1, Bruxelas, Ousia, 1983, 13-62.
SCHELLING, Friedrich Wilhelm Joseph. Neue Deàuktion des Naturrechts: In: Schelling, Friedrich Wilhelm Joseph. Histoiisch Kritische Ausgabe. Im Auftrag der Schelling-Komission der Bayerischen Akdemie der Wissenschaften. Buchner, H., Jacobs, W. und Pieper, A. (Eds.). Stuttgart, Frommann-Holzboog, 1982, Werke 3.
--- . System des transzendentalen Idealismus. Darmstadt, Wissenschaftliche Buchgesellschaft, (Schriften von 1799 - 1801).
STRANGAS, J. Kritik der Kantischen Rechtsphilosophie. Colônia, Bóhlau, 1988. DOI: https://doi.org/10.7788/9783412312688
VAZ, Henrique. Escritos de Filosofia II. Ética e cultura. Sao Paulo, Loyola, 1988.
VIEIRA, L. Freiheit als Kultus. Apoiien und Grenzen der Auffassung der menschlichen Freiheit bei Hegel. Würzburg, Kónigshausen & Neumailn, 1996.
- .--. A herança kantiana na concepção hegeliana do direito e da moral. In: Síntese Nova Fase (Vol. 27), no. 77, Abril-Junho 1997, 163-179.
WEBER, M. Rechtssoziologie (Wirtschaft und Recht). In: Idem. Grundriss der Sozialôkonomik. fil. Abtei1uung. Wirtschaft und Gesellschaft. Tübingen, C. B. Mohr, 1947.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright
The submission of originals to Revista Veritas implies the transfer by the authors of the right for publication. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication. If the authors wish to include the same data into another publication, they must cite Revista Veritas as the site of original publication.
Creative Commons License
Except where otherwise specified, material published in this journal is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International license, which allows unrestricted use, distribution and reproduction in any medium, provided the original publication is correctly cited. Copyright: © 2006-2020 EDIPUCRS</p