A fisiologia da arte no Nietzsche tardio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2024.1.44937

Palavras-chave:

fisiologia, arte, décadence, modernidade, crítica.

Resumo

Intentamos mostrar neste artigo que os projetos de Nietzsche para a Fisiologia da arte têm um desenvolvimento significativo na sua obra tardia, partindo de uma ênfase mais literária e culminando em aplicações “científicas”. São os diferentes modos de relacionar as fontes literárias e científicas que tornam a fisiologia da arte uma abordagem relevante do Nietzsche tardio, para criticar os artistas modernos da décadence e para criar condições para o projeto valorativo de uma arte afirmativa. Por fim, investigaremos os limites da crítica de Nietzsche à décadence moderna.

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Biografia do Autor

Clademir Luís Araldi, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.

Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1995) e doutor em Filosofia pela
Universidade de São Paulo (2002). É Professor Titular da Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ética, História da Filosofia Moderna e Contemporânea e na Filosofia de Nietzsche, atuando principalmente nos seguintes temas: ética, crítica da moral, genealogia e naturalismo. Realizou estágios de pesquisa na Universidade Técnica de Berlim - Alemanha, em 2001-02, em 2007-08 e em 2014. Realizou pós-doutorado no PGFILOS da Universidade Federal do Paraná (2020-2021). É membro do GT-Nietzsche da ANPOF, e membro do GIRN - Groupe International de Recherche sur Nietzsche e do Hyper- Nietzsche - International Research Group.

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Publicado

2024-08-28

Como Citar

Araldi, C. L. (2024). A fisiologia da arte no Nietzsche tardio. Veritas (Porto Alegre), 69(1), e44937. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2024.1.44937

Edição

Seção

Filosofia & Interdisciplinaridade