David Hume e o “número de Dunbar”: uma abordagem evolucionista sobre os fundamentos da moralidade

Autores

  • Marcelo de Araujo Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2016.1.21659

Palavras-chave:

David Hume. Número de Dunbar. Justiça. Evolução. Sentimentos Morais.

Resumo

O objetivo deste artigo é caracterizar o conceito de justiça como uma convenção social indispensável para a emergência de obrigações morais no contexto de grupos que ultrapassam o “numero de Dunbar”. O artigo retoma, por um lado, a teoria da justiça proposta por David Hume na terceira seção de Uma Investigação sobre os Princípios da Moral, e, por outro lado, a hipótese de Robin Dunbar acerca do número máximo de indivíduos com os quais uma pessoa pode manter relações sociais estáveis que envolvam laços de amizade, vínculos de família, e histórias pessoais compartilhadas.

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Biografia do Autor

Marcelo de Araujo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Doutorou-se em filosofia pela Universidade de Konstanz, Alemanha. Professor de filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 

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Publicado

2016-04-25

Como Citar

Araujo, M. de. (2016). David Hume e o “número de Dunbar”: uma abordagem evolucionista sobre os fundamentos da moralidade. Veritas (Porto Alegre), 61(1), 89–106. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2016.1.21659

Edição

Seção

Ética Normativa, Metaética e Filosofia Política